Suspeito de agredir e manter namorada sob cárcere e matar gato dela é preso
A Polícia Civil do Paraná prendeu preventivamente ontem um homem de 19 anos suspeito de agredir e manter em cárcere a namorada depois de ter matado o gato dela, no bairro Nova Rússia, em Ponta Grossa (PR), a 100 km de Curitiba.
De acordo com a Delegacia de Crimes Contra a Mulher, no dia 1º de outubro, o suspeito chegou em casa enfurecido e arremessou o gato de estimação da namorada no chão, matando o animal. O ato assustou a companheira, que ao se desesperar, sofreu graves agressões físicas no rosto, ainda segundo a polícia. Logo após, a vítima ainda ficou trancada em cárcere privado em um porão da residência e teve o chip do celular tomado pelo namorado.
As investigações indicaram que a vítima esteve dois dias sem contato com ninguém. O suspeito devolveu o chip do celular somente em 3 de outubro, o que possibilitou à jovem avisar os familiares sobre o ocorrido.
O caso chegou à Polícia Civil em 4 de outubro, pela manhã, através de parentes da vítima. Os agentes se deslocaram até a residência, mas não encontraram o suspeito. Ele teve decretação de prisão preventiva no mesmo dia pela Vara Criminal de Ponta Grossa.
"Ele chegou em casa com raiva, pegou a gatinha e arremessou para o alto e depois no chão. A jovem ficou desesperada ao ver a gatinha agonizando (...) Esse caso nos chamou atenção pela crueldade deste agressor e a conduta foi bastante típica nesses casos", disse a delegada Cláudia Krüger.
"Além de atingir a vítima fisicamente, a feriu emocionalmente, destruindo algo que era bastante precioso. Vimos a situação dela na delegacia e era estarrecedora a condição."
A vítima está na casa dos pais. A família, segundo a Polícia Civil, é bastante humilde e saiu da região rural do município para a área urbana em busca de oportunidades. Atualmente, a jovem encontra-se desempregada e também não estuda.
"Ele tinha um histórico de ser bastante opressor em relação a ela. Mas a menina é do interior, sendo bastante retraída e tímida. Ela é de uma família do interior e são pessoas bastante simples da região rural", disse a delegada.
Com o mandado de prisão preventiva, o suspeito foi encaminhado à Cadeia Pública de Ponta Grossa, onde aguardará o andamento processual. A investigação ainda não o ouviu sobre os crimes. A Polícia Civil também informou que, por enquanto, o preso não constituiu advogado para defesa.
Além do indiciamento por agressão física à namorada e cárcere privado, ele responderá por crime ambiental em decorrência da morte do animal de estimação da vítima.
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