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Bombeiros ajudam em parto em MG: "Coisa boa colocar uma criança no mundo"

A Sargento Nardely (à frente) segura a bebê Lorena, ao lado dos colegas de guarnição, da mãe Lucimar e de médico do hospital São Judas Tadeu - Divulgação
A Sargento Nardely (à frente) segura a bebê Lorena, ao lado dos colegas de guarnição, da mãe Lucimar e de médico do hospital São Judas Tadeu Imagem: Divulgação

Caio Coletti

De Universa, em São Paulo

05/11/2019 10h53Atualizada em 05/11/2019 11h41

A Sargento Nardely, do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, nunca vai se esquecer da manhã de hoje. Ao lado de colegas de guarnição em Ribeirão das Neves, ela foi responsável por ajudar Lucimar, 39, a trazer seu terceiro filho ao mundo.

Em entrevista a Universa, a sargento contou que os bombeiros receberam um chamado de emergência pouco depois das 6h30 de hoje. Ao chegar ao local, encontraram Lucimar, que, às 37 semanas de gestação, contou que sua bolsa havia estourado havia 40 minutos.

"Nós checamos a pressão e os sinais vitais dela, e estava tudo normal", relatou Nardely. "Começamos a verificar as contrações, que já estavam acontecendo de dois em dois minutos."

De lá, os bombeiros levaram Lucimar para o Hospital Municipal São Judas Tadeu, onde foram rapidamente atendidos pelos funcionários. "Eles nos levaram para uma sala, e nos deixaram lá com ela enquanto iam buscar o médico", contou Nardely.

No entanto, Lucimar não conseguiu esperar: "Ela disse que já estava nascendo", conta a bombeiro. O parto foi normal, mas a bebê nasceu com o cordão umbilical enrolado no pescoço, e os bombeiros tiveram que agir rapidamente para salvá-la.

Treinamento e gratidão

Não foi a primeira vez que a sargento auxiliou em um parto, ao contrário de seus colegas de guarnição, que viveram a experiência pela primeira vez. Nardely contou, no entanto, que os bombeiros recebem treinamento para situações como essas, inclusive indo a maternidades de hospitais para observar partos.

"Para a gente, é emocionante", confessou a sargento. "A gente [como bombeiros] acaba sendo chamado sempre para situações muito difíceis, associadas a perda, acidente, tragédia. Quando a gente tem a oportunidade de acompanhar um parto, fica muito satisfeito."

Lucimar batizou a filha de Lorena, e fez questão de tirar foto com os bombeiros que a ajudaram no parto. "Ficamos gratos de ver a satisfação [da mãe]. A pessoa se sente acolhida", contou Nardely. "É uma coisa muito boa, colocar uma criança no mundo."