Marido é preso no DF suspeito de matar mulher e dormir ao lado do corpo
Edson dos Santos Justiniano Gomes, 43 anos, foi preso suspeito de matar a esposa Renata Alves dos Santos, 29 anos, em São Sebastião, região do Distrito Federal. De acordo com a Polícia Civil, o homem dormiu ao lado do corpo e foi detido no dia seguinte.
Renata e o companheiro estavam juntos há um ano e meio. Segundo relatos de vizinhos e da mãe da vítima, as brigas entre o casal eram constantes. Ele chegou a ser preso por violência doméstica contra a mulher. Porém, pagou fiança e foi liberado. Depois, voltou a morar com Renata. A vítima tinha dois filhos pequenos, frutos de outros relacionamentos.
Segundo relato da mãe da vítima, Judite Alves dos Santos, 68 anos, na última sexta-feira, o casal estava em um bar, localizado no Núcleo Rural Morro da Cruz, em São Sebastião. Eles brigaram e decidiram voltar para casa, onde estava Judite. Ao Universa, a idosa contou que a filha e o genro discutiam muito e que ela não conseguiu identificar o motivo da discussão. Em um determinado momento, o suspeito teria dado diversos socos em Renata, que desmaiou.
"Ela apagou. Depois, ele (Gomes) bateu várias vezes a cabeça dela contra uma mesa de mármore. Minha filha era muito pequena e magra, nem teve chance de defesa. Ele sempre judiou dela. Queimava ela, batia com uma panela de pressão na cabeça da Renata. Mesmo assim, ela não denunciava. Tinha muito medo", afirmou a idosa.
Segundo Judite, após o crime o homem a ameaçou, caso ela contasse para a polícia o que ocorreu. Ele também pediu que a idosa assumisse o crime, com a ameaça de que se ele fosse preso as duas (mãe e filha) estariam mortas.
A mãe da vítima declarou que o homem chegou a dormir ao lado do corpo de Renata e foi acordado quando um vizinho do casal, ao ouvir a briga, acionou o Corpo de Bombeiros. Quando o socorro chegou, a vítima já estava morta.
Por estar com ferimentos nas mãos, o suspeito foi encaminhado para a 30ª Delegacia de Polícia, em São Sebastião, que investiga o caso. Na delegacia, o homem disse que a vítima caiu e bateu a cabeça na quina da mesa.
Ontem (4) a Justiça converteu a prisão em flagrante do entregador de materiais de construção em preventiva. Universa tentou contato com a defesa do suspeito, que até o momento não atendeu as ligações.
Melhor amigo participou da despedida
Amigos e familiares de Renata lotaram o cemitério Campo da Esperança na Asa Sul na manhã de hoje. Um ônibus foi fechado para todos participarem da despedida. Até o cachorro da vítima, apelidado de Taffarel, participou do adeus. O cão não saiu de perto do caixão.
O enterro só foi possível porque o Governo do Distrito Federal arcou com os custos, já que a família é de origem humilde.
"Pelo menos conseguiram fazer uma despedida digna. Minha sobrinha não merecia. Era muito amorosa, cuidadosa com a mãe. Isso não é amor", disse a tia Dinoria Ferreira.
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