Ela comprou a clínica de estética da chefe e hoje fatura R$ 100 mil por mês
Quando telefonou para uma clínica de estética pedindo trabalho temporário na área de estética, em 2011, a recém-formada Paula Caroline Garcia, 29, não imaginava que se tornaria dona daquele negócio quatro anos depois. Nem que, em tão pouco tempo estaria à frente de uma empresa que fatura R$ 100 mil por mês, em média.
Ela se formou em Estética, em 2011, quando já tinha graduação em biomedicina (com habilitação em estética e em análises clínicas) e fez pós-graduação em docência, em 2013.
Após quatro anos trabalhando na clínica como esteticista autônoma, onde ganhava por comissão, Paula recebeu da chefe e dona de clínica a proposta de comprar o negócio por R$ 80 mil. Paula juntou suas economias de R$ 50 mil e pegou mais R$ 20 mil emprestados de familiares e amigos. Deu R$ 70 mil de entrada e parcelou os outros R$ 10 mil em dez meses. Virou dona da clínica aos 25 anos de idade e sem sócios.
"A clínica tinha problemas administrativos, mas vi que havia bom potencial de negócio na região e na equipe", lembra. A clínica fica no edifício Terraço Itália, no centro de São Paulo, um dos ícones turísticos da capital paulista.
Trocou o nome e resgatou clientes
Além de trocar o nome do negócio para Clinic Biomedicina Estética, Paula tomou outras providências iniciais, como buscar respaldo e apoio da equipe e fazer ações de comunicação para resgatar antigos clientes. Segundo ela, no primeiro mês o faturamento passou de R$ 40 mil para R$ 50 mil.
Segundo a empreendedora, durante três anos o foco foi fazer fluxo de caixa e captar dinheiro para investir no próprio local. "Nunca pedi dinheiro emprestado a bancos nem nunca usei cheque especial. Sempre fui muito controlada com dinheiro", conta.
Há dois anos, Paula cortou os serviços de salão e manicure (que ocupavam a metade do espaço) e fez uma reforma estrutural no local para ampliar o número de salas de estética. Ela investiu R$ 100 mil na reforma. Seu público-alvo são mulheres das classes B e C.
Hoje, o faturamento médio mensal é de R$ 100 mil, e Paula espera fechar o ano com faturamento R$ 1 milhão. Em 2018, o faturamento foi de R$ 800 mil, com lucro de 20%. "Nunca pensei que tivesse oportunidade de comprar a clínica, mas sempre quis ser dona do meu próprio negócio", afirma.
Clínica oferece 66 serviços
Com sete salas de estética, a clínica oferece 66 serviços, entre eles massagens e micropigmentação de sobrancelha e lábios.
Os serviços estéticos mais baratos custam R$ 59. São tratamento de combate à olheira, secagem de vasinhos a laser e carboxiterapia, para eliminar estrias e celulites. O mais caro é a harmonização facial, ao preço de R$ 1.300 por sessão.
Em agosto do ano passado, Paula implantou dois cursos na clínica: o de micropigmentação de sobrancelha e o de micropigmentação labial. "Vi que esses cursos tinham demanda. São voltados para iniciantes. A maioria das alunas é cabeleireira ou está desempregada e quer entrar na estética para ganhar um dinheirinho."
Os cursos são ministrados na própria clínica, às sextas, sábados e domingos, e têm duração de 16 horas cada um. São quatro turmas por mês, com seis alunas em cada. O preço de cada curso é R$ 1.800.
Antes até de comprar a clínica, Paula já havia aberto, em 2012, uma empresa de massagem em casamentos: a Spa Inpars. "A ideia é relaxar os convidados durante a madrugada, com massagem nos pés, que duram até sete minutos", conta.
Seu foco são casamentos, mas ela faz outras festas também. Em média, são dois eventos por mês. O custo médio é de R$ 1.800 para uma festa de 200 a 300 convidados, de três a quatro horas de trabalho. "Geralmente só as mulheres fazem a massagem e, como é de madrugada, a maioria dos convidados já foi embora", disse.
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