Homem é suspeito de matar ex com facão e arrancar a mão da enteada em SP
Uma mulher de 42 anos foi atacada com um facão na noite de ontem em Mogi Mirim, no interior de São Paulo. Segundo a Polícia Civil, o ex-marido da vítima é o suspeito. Ela não resistiu aos ferimentos e morreu na manhã de hoje. A filha dela, de 24 anos, teria sido atingida pelo ex-padrasto ao tentar separar a briga — ela teve uma das mãos decepada.
O homem, identificado como Juarez Ferreira, de 54 anos, foi preso hoje pela Polícia Civil. O caso é investigado pela DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de Mogi Guaçu como tentativa e feminicídio consumado. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), Ferreira confessou o crime. Ele estava escondido em uma chácara, na casa de familiares, em Jacutinga (MG).
Segundo amigos e familiares, Genésia Maria de Sousa estava separada do suspeito havia um mês, porém, ele não aceitava o término do relacionamento. Na noite de ontem, ele teria surpreendido a ex-mulher ao chegar com um facão à casa dela. De acordo com a Polícia Civil, os vizinhos da vítima disseram que ligaram para o 190 ao ouvir os gritos da mulher, que teve o rosto ferido com o facão.
Na tentativa de salvar a mãe, Rafhaela Maria de Souza também teria sido atacada pelo homem com vários golpes. Após atingir mãe e filha, o suspeito teria fugido antes de a polícia chegar ao local. Ambas foram socorridas à Santa Casa de Mogi Mirim.
De acordo com informações divulgadas pelo hospital, Genésia não resistiu aos ferimentos e morreu na manhã de hoje. Já Rafhaela teve a mão esquerda amputada e várias fraturas na mão direita. Seu estado de saúde é estável, mas ela segue internada na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), sem previsão de alta.
O corpo da vítima foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) de Mogi Guaçu, que vai constatar as causas da morte. A Justiça concedeu um mandado de prisão temporária e o suspeito foi encaminhado à Unidade de Detenção, Triagem e Encaminhamento (UDTE) de Itapira (SP).
Relacionamento era marcado por agressões
Segundo amigos e familiares, Genésia vivia um relacionamento marcado por agressões físicas. Ela tem um filho de um ano e meio com o suspeito. No último mês, porém, decidiu se separar, mas o homem não se conformava com o fim da relação.
Familiares da vítima, que pediram para não serem identificados, afirmaram que a mulher foi até a delegacia várias vezes para registrar boletim de ocorrência e solicitar medida protetiva contra o ex-marido, mas que os pedidos não teriam sido aceitos pelas autoridades policiais.
Questionada por Universa, a Secretaria de Segurança Pública não soube explicar o motivo e informou apenas que "a Corregedoria da Polícia Civil está à disposição da família para registrar denúncia sobre o atendimento prestado".
A pasta, no entanto, confirmou que a vítima esteve na Delegacia de Mogi Mirim. "Na tarde desta quarta-feira (6), a vítima fatal compareceu à unidade e foi orientada procedimentos legais que poderiam ser adotados". Porém, não foi informado, de fato, quais as providências tomadas pela polícia, frente às agressões que a mulher declarava estar sofrendo.
Sobre a falta de atendimento prestado à vítima, quando ela foi prestar queixa na delegacia contra o ex-marido, alegando ameaças e agressões, a SSP informou que o departamento de polícia judiciária apura o ocorrido e acionará a corregedoria. Procurada para comentar o caso, a DDM não atendeu os contatos da reportagem.
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