'Vi o nariz dela sangrando', diz assessora de Titto agredida por motorista
O carro de um motorista por aplicativo acelerava pelas ruas de São Paulo na noite desta quinta. No banco de trás, três passageiras começaram a sentir medo e pediram para que ele reduzisse a velocidade. Elas não imaginavam que, momentos depois, seriam agredidas pelo homem.
Assim que chegaram ao destino, na zona sul de São Paulo, e deixaram o carro, o motorista passou com o carro sobre o pé de uma delas, a advogada Tatiane Soares, que gritou com o motorista. Ele então, já fora do carro, a jogou no chão e passou a agredi-la com uma série de chutes.
Ao apartar a briga, a assessora de imprensa Jéssica Varrasquim Caetano recebeu um soco que fraturou seu nariz. A terceira passageira, a assessora comercial Elaine Alves, tentou então interromper as agressões e pediu por socorro. Havia pessoas por perto. Apesar dos gritos de Elaine, ninguém veio socorrê-la. As três fazem parte da equipe do ator Felipe Titto, que cancelou uma palestra para acompanhá-las ao hospital. Elas devem receber alta no início da noite de hoje.
"Tive um sentimento de impotência. Entrei em pânico ao ver uma amiga no chão e a outra com o nariz sangrando", diz Elaine para Universa. "Não tinha policiamento, nem segurança. As pessoas próximas ao carro eram homens. Se um homem tivesse ajudado, já teria conseguido contê-lo."
Segundo Elaine, o motorista atende pelo nome de Louis e parecia falar com sotaque estrangeiro. O carro também seria alugado. Agora, as três mulheres devem decidir se vão a uma delegacia ou se um policial irá até elas coletar os depoimentos para registrar o boletim de ocorrência, que ainda não foi feito.
Cirurgia para nariz quebrado
Pela manhã, Jéssica passou por uma cirurgia devido à fratura no nariz. No Instagram, o ator Felipe Titto disse que vai fazer questão de que o homem responder na Justiça. A 99 também se disponibilizou a pagar as despesas médicas, segundo o ator. A advogada sofreu uma luxação na perna ao ser atropelada. Na momento da agressão, Titto não estava com sua equipe.
Violência contra mulher em aplicativos
As paulistanas têm medo de usar o transporte coletivo desde o ponto de ônibus e se sentem mais seguras em corridas por aplicativo, de acordo com uma pesquisa da Rede Nossa São Paulo. Apesar disso, relatos de violência levaram plataformas como Uber e 99 a criarem canais de atendimento de emergência e ferramentas para que mulheres só viagem como uma motorista que seja mulher.
Outro lado
De acordo com a 99, responsável pela corrida das três mulheres, o motorista envolvido na agressão foi banido do aplicativo. Em nota, a empresa lamenta o caso e diz que o aplicativo possui um botão para emergências e o telefone "0800-888-8999, para que a empresa possa oferecer suporte, acolhimento e providências necessárias" durante 24 horas por dia, todos os dias. A 99 também se comprometeu a auxiliar nas investigações.
Universa questionou a Uber para saber se o motorista também é registrado no aplicativo, o que é comum entre motoristas por aplicativo. A informação será acrescentada assim que tivermos uma resposta. A reportagem também questionou a São Paulo Expo, centro de eventos na rodovia dos Imigrantes, que era destino final da corrida.
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