Karina Bacchi está na 4ª tentativa: caminhos para engravidar depois dos 40
No último episódio de A Família Bacchi, reality show que a atriz Karina Bacchi produz para seu canal do Youtube, o tema foi sua dificuldade de engravidar novamente. De acordo com o que contou, quando estava chegando próximo dos 40 anos, teve um problema nas trompas e precisou retirá-las. Mesmo assim, conseguiu engravidar do primeiro filho, Enrico, que agora está com 2 anos, através de uma fertilização in vitro. E há tempos sente vontade de ser mãe novamente.
No vídeo, revelou que desde janeiro tem se submetido a novas tentativas. "Já foram três, vamos iniciar agora a quarta", disse a médica Daniella Castellotti, que também participa da gravação. "Das duas primeiras vezes conseguimos gerar embriões, mas eles não colaram na parede do útero. Na terceira, o embrião não chegou a ser gerado", explicou Karina para a mãe.
Lister Salgueiro, andrologista especializado em reprodução assistida, da Clínica Férilis, explica que uma das maiores dificuldades das mulheres que tentam engravidar depois dos 40 anos é a qualidade dos óvulos. "Aos 25 anos, a cada dez óvulos que a mulher produz, três não têm qualidade. Ou seja: vão abortar, não será possível engravidar ou terão algum problema. Com 40, a cada dez, oito não terão qualidade", afirma.
Confira a seguir opções para quem enfrenta o mesmo problema que Karina:
Coito programado: há uma estimulação da ovulação. O ciclo é monitorado e a relação sexual precisa acontecer no dia da ovulação. É utilizado em casos em que o fator de infertilidade é mínimo e tem perto de 18% de chance de engravidar.
Fertilização In Vitro: para a Fertilização In Vitro (FIV) é preciso tomar medicações que bloqueiam o sistema hormonal ao mesmo tempo em que se usam estimuladores da ovulação. O procedimento consiste em coleta dos óvulos maduros, que levados ao laboratório, são fertilizados com os espermas. Essa fertilização pode ser natural, quando os espermas são colocados com os óvulos; ou são injetados diretamente dentro do óvulo por uma técnica chamada ICSI (Injeção intracitoplasmática de espermatozoides). Dias depois, quando os embriões estão em crescimento, são transferidos ao útero.
Ovodoação: A doação de óvulos é realizada no Brasil há mais de uma década. É legal desde que não haja fins comerciais e seja anônima. Portanto, a doadora não saberá a identidade da receptora e vice-versa. A doadora será estimulada para um ciclo de fertilização in vitro, que resultará na coleta de vários óvulos, dos quais metade (doação compartilhada) será doado para uma outra mulher que não tem mais capacidade de produzi-los.
"A doação de óvulos é uma atitude generosa. O anonimato é total. A lei proíbe que se revele a identidade das crianças nascidas por meio dessa técnica. As doadoras não podem conhecer as crianças e vice-versa. A equipe médica realiza a seleção da doadora de óvulos que procura garantir a maior semelhança fenotípica com a receptora", afirma afirma o médico Arnaldo Schizzi Cambiaghi, diretor do Centro de reprodução humana do IPGO.
A idade máxima para as mulheres que desejam se submeter às técnicas de reprodução assistida é de 50 anos, segundo o Conselho Federal de Medicina.
Barriga de aluguel: a gestação por substituição ou cessão temporária de útero, conhecida como barriga de aluguel, é permitida no Brasil, mas obedece as regras da Resolução 2.168/2017 do Conselho Federal de Medicina e deve acontecer quando existe um problema reprodutivo diagnosticado, segundo a advogada Chyntia Barcellos, especialista em direito de família. A doadora do útero pode ser uma parente consanguínea - mãe, avó, filha, irmã, tia, sobrinha e prima. É preciso buscar um médico ou uma clínica especializada em Reprodução Humana ou algum centro clínico público que ofereça esse serviço.
* Com informações da matéria "Fiz 40 anos e quero ter filhos: veja caminho para realizar este sonho", publicada em 8 de setembro de 2018.
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