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Surpreendida por demissão, ela abriu esmalteria e fatura R$ 100 mil por mês

Luzia Solange Regovich, da Esmalteria do Sol - Divulgação
Luzia Solange Regovich, da Esmalteria do Sol Imagem: Divulgação

Renato Essenfelder

Colaboração para Universa

19/11/2019 04h00Atualizada em 19/11/2019 12h32

Era uma manhã de abril de 2017 quando Luzia Solange Regovich foi surpreendida com um aviso de demissão. Ela já atuava havia mais de 10 anos como bancária em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, e ficou desnorteada com a medida. "Trabalhei por muitos anos como bancária e não sabia qual caminho seguir dali para a frente. Cheguei a pensar em tentar emprego em outro banco", conta.

Por sorte, não tentou. Em um belo dia, enquanto estava fazendo as unhas, Sol (como é conhecida) teve um estalo: "Eu abriria um negócio desses". Ela cultivava havia anos o hábito de fazer as unhas regularmente, até duas vezes por semana, por conta de seu trabalho em contato com o público. Adorava esse momento na manicure. Daí para avançar ao business plan, foi um passo.

"Sempre quis ter um negócio próprio, empreender, e fui amadurecendo essa ideia. Comecei a pesquisar sobre o mercado de beleza e percebi que, mesmo em época de recessão, era um segmento que estava em alta. As mulheres nunca deixam de se arrumar, fazer as unhas, arrumar cabelo, depilar", pondera.

Esmalteria do Sol - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação
Depois de pesquisar o mercado, ela decidiu investir na abertura do seu próprio negócio, a Esmalteria da Sol. Usou todo o dinheiro recebido na rescisão trabalhista e começou a operar sem recorrer a empréstimos. "Não tive medo, apesar de pensar no risco do negócio. Era tudo ou nada, mas sempre acreditei que com amor e dedicação tudo daria certo."

A primeira loja, em São José do Rio Preto, foi aberta em agosto de 2017, cinco meses depois de sua demissão. O investimento foi de R$ 90 mil. O retorno veio mais veloz do que o esperado: em quatro meses a empreendedora já estava "pagando as contas e ganhando dinheiro".

Hoje, essa loja-piloto já fatura mensalmente R$ 100 mil, e desde o ano passado a marca Esmalteria da Sol iniciou um processo de franchising. Hoje, é uma rede com nove unidades, prevendo forte investimento em marketing e expansão para 2020.

Primeiros passos

O início de um negócio sempre é especialmente difícil. Como patroa de si mesma, Sol não podia se dar ao luxo de se dedicar a apenas uma atividade. "No começo cuidava de tudo, desde a limpeza até o atendimento. Pegava eu mesma os panfletos e saía distribuindo nos arredores, firmando parcerias", conta.

Nos primeiros dias, como era de se esperar, o negócio era ainda pouco movimentado. Sol então aproveitava para investir na excelência do atendimento e, assim, fidelizar o público. Além disso, ela conta que "não esperava o cliente aparecer". "Saía em busca também de clientela nos shoppings e clínicas médicas da região, levava cartões de visita, entregava panfletos."

Ela só se deu conta de que o negócio tinha enfim engrenado quando passou a ver as mesmas clientes retornando semana após semana. A expansão seria consequência.

Hoje, o sonho da empreendedora é o de ultrapassar a marca de 100 unidades da Esmalteria no Brasil e no mundo. Para tanto, conta com um sistema de franquia que entrega a loja montada, pronta para iniciar operação. O valor do investimento em uma Esmalteria da Sol é de R$ 90 mil, que podem ser parcelados (com entrada de R$ 50 mil). O faturamento médio mensal gira em torno de R$ 60 mil e o prazo médio de retorno é de 16 meses.

Quando fecha um contrato de franquia, a marca se encarrega de tudo: do projeto à execução e entrega da obra, incluindo escolha do ponto, compra de mobiliário e estoque para o início das operações. A implementação leva em média dois meses para uma loja de cerca de 80 metros quadrados.