Mais de 1 milhão de brasileiras sofreram violência desde 2010, diz pesquisa
O Instituto Igarapé divulgou hoje, por meio da plataforma EVA (Evidências sobre Violências e Alternativas para Mulheres e Meninas), um levantamento que mostra que 1,23 milhão de mulheres relataram ter sofrido algum tipo de violência no Brasil desde 2010.
Segundo os dados da pesquisa, este foi o número de mulheres atendidas no sistema de saúde se encaixaram neste perfil. Deste total, os parceiros são responsáveis por 36% de todas as violências cometidas.
Ainda segundo a pesquisa, as negras são as maiores vítimas de todos os tipos de violência: somam 57% no caso de violência sexual e 51% nos de violência física. Enquanto a violência contra as mulheres brancas aumentou 297% entre 2010 e 2017, contra as mulheres negras o crescimento foi de 409%.
A pesquisa teve como base a plataforma EVA, que segundo o instituto permite o cruzamento online de um grande volume de dados que reúnem informações relativas à violência física, patrimonial, psicológica, moral e sexual. As informações serão atualizadas periodicamente e estarão disponíveis para consulta pública.
Além do Brasil, a plataforma, disponibiliza séries históricas dos dados dos sistemas de saúde, segurança e de pesquisas na Colômbia e no México.
No México, os companheiros são responsáveis por 80% de todas as formas de violência cometidas contra mulheres, 43,9% sofreram violência no último ou no atual relacionamento e as armas de fogo são responsáveis por quase metade dos homicídios (44%).
Na Colômbia, 71% das vítimas de violência sexual têm menos de 14 anos, 64,1% das mulheres reportaram violência psicológica cometida pelo companheiro e 441 mil casos de violência intrafamiliar contra mulheres foram reportados entre 2010 e 2018.
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