Quem é a brasileira que ganhou concurso de miss plus size na Ucrânia?
Eleita "Miss Top of the World 2019 Plus Size", em Kiev, na Ucrânia, a modelo Nina Sousa, de Volta Redonda (RJ), vê o título como um caminho para o empoderamento — dela e de todas as mulheres gordas que, no dia a dia, sofrem com gordofobia em vários ambientes, inclusive no profissional.
Ela mesma, antes de embarcar nos eventos para pessoas gordas, sofreu reflexos da ditadura da beleza. Na adolescência, começou a desfilar e, por se sentir pressionada a ser "sempre magrinha", desenvolveu transtornos alimentares como bulimia e anorexia. Ela teve depressão. Foi só depois de fazer as pazes com o próprio corpo que resolveu focar em concursos plus size. Percebeu que seria uma forma de realizar um sonho de infância: ser miss.
"Na franquia [de concursos de miss] que eu participo, não é apenas uma disputa, é uma condição de empoderamento, de se valorizar. Todas as candidatas estão em evidência, dando o melhor", pondera. "E lá você não está sendo obrigada a não ser quem você é; é uma disputa, mas que nos deixa livres".
Carreira de Nina Sousa
Nina é a primeira candidata a representar o Brasil no Miss Top of The World, realizando neste ano na Ucrânia. Ela disputou o título com 20 mulheres de várias nacionalidades.
Antes, ela ganhou o título de Miss Rio de Janeiro Plus Size 2018 e foi eleita pela organização do concurso como Miss Brasil The World Plus Size 2019. Em sua carreira, celebra o fato de poder ser gorda, algo que só ressignificou depois que ficou mais velha.
"Comecei a ganhar peso por causa da idade, não conseguia manter aquele padrão da ditadura da beleza. Então, me afastei das passarelas. E me preparei para aceitar ser gorda novamente. Pesquisando, vi que tinham concursos plus size e pensei que eram para mim. Sempre quis ser miss, acompanhava os concursos quando pequena, só que não dava mérito porque era só para mulheres magras".
Paralelo a sua preparação para entrar no mundo dos concursos de beleza, Nina também se preocupa com causas sociais — um requisito comum neste meio.
"Sou desenhista e dou aula de graça para uma turma particular. Minha ideia é fazer um projeto para dar aulas para crianças das comunidades". Nina ainda é palestrante motivacional e de empoderamento feminino, o que, garante, faz parte de sua atuação nos concursos. "Quero continuar modelando para dar mais força às mulheres".
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