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Casal de mulheres se torna o primeiro a gerar bebê em ambos os ventres

Donna e Jasmine Francis-Smith com seu filho Otis - Reprodução/The Telegraph
Donna e Jasmine Francis-Smith com seu filho Otis Imagem: Reprodução/The Telegraph

De Universa, em São Paulo

04/12/2019 12h28Atualizada em 04/12/2019 12h41

Um casal de britânicas se tornou o primeiro no mundo a gerar um bebê em ambos os ventres em um processo de "maternidade compartilhada". Otis nasceu em setembro, depois de ter sido gerado nos óvulos de uma mãe e implantado em outra.

Donna Francis-Smith teve seu óvulo encubado e o gestou em seu útero durante 18 horas. Em seguida, o óvulo foi transferido para sua companheira, Jasmine Francis-Smith, que o gestou até o fim da gravidez.

O bebê nasceu saudável, no dia 30 de setembro, em Essex, no Reino Unido.

"O procedimento realmente fez com que eu e Donna nos sentíssemos iguais em todo o processo e nos aproximou emocionalmente. Agora, com o Otis seguro e bem, sentimos uma verdadeira família. Se tivéssemos que passar pelo processo novamente, não mudaríamos nada", disse Jasmine ao The Telegraph.

Jasmine e Donna se conheceram em 2014 e se casaram em abril de 2018. "Estamos impressionadas para ser honesta. Você tem muitos casais do mesmo sexo em que uma pessoa está fazendo a coisa toda: engravidando e dando à luz, enquanto nós duas estamos envolvidas. Ambas temos um vínculo especial com Otis. Isso ajudará as pessoas no futuro", disse Donna, que serve no exército há 11 anos.

A clínica pioneira neste tipo de procedimento disse que ele permite que a fertilização ocorra em um ambiente vivo e não em um laboratório. "[O procedimento] permite a participação prática e emocional na gravidez, mas também fornece ao embrião nutrientes importantes e outros componentes em um ambiente natural e maternal", disse um porta-voz da clínica.

Donna comemorou que a fertilização deu certo logo na primeira tentativa e se disse feliz que mais casais homossexuais poderão procurar esta opção. Sobre o bebê, ela disse: "Jasmine disse que ele será astronauta, mas ele pode ser o que ele quiser. Sempre o apoiaremos no que ele quiser fazer".