Professora é morta a facadas ao deixar filho na escola; marido é o suspeito
Resumo da notícia
- Professora foi morta quando levava o filho para a escola
- Principal suspeito do crime é o ex-marido da professora que está foragido
- O pai de outro estudante tentou ajudá-la, mas também acabou ferido e está no hospital
Uma mulher de 42 anos foi morta a facadas na tarde de hoje no momento em que levava o filho de seis anos para a escola em Ponta Grossa (PR), a 116 quilômetros de Curitiba. Segundo o Corpo de Bombeiros, Luciane Ávila foi golpeada diversas vezes nas pernas e no tórax, chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. Já o menino não se feriu.
De acordo com o delegado Jairo Luiz Duarte de Camargo, responsável pela investigação, o marido dela, Marcelo de Ávila, é o principal suspeito pelo crime. Imagens de câmera de segurança e testemunhas indicam a participação dele. Segundo o delegado, o casal estava em processo de separação e o homem não aceitava. Além do menino de seis anos, a mulher deixa outros dois filhos.
O pai de outro estudante também estava deixando a filha no colégio Desafio e tentou conter o agressor, mas também foi esfaqueado nos braços, segundo os Bombeiros. Ele foi socorrido e levado para Hospital Geral Unimed (HGU). Não há ainda informações sobre o estado de saúde dele.
Na sequência, o marido fugiu em uma motocicleta. No caminho, jogou a faca que teria sido utilizada no crime em direção a uma casa. Segundo o delegado, o objeto já foi apreendido e é considerado mais um indício da participação dele no feminicídio. Buscas foram feitas e o homem foi localizado no final da tarde. A reportagem tenta verificar com a polícia se ele está sendo acompanhado por um advogado e se já prestou depoimento.
Um dos três filhos do casal, Lucas Cedric Ávila, 25 anos, contou para o UOL que eles se separaram em agosto deste ano e, desde então, a família temia pela vida de Luciane e dos outros dois irmãos. "Os cuidados eram constantes com todos." O pai, ainda segundo o filho, fazia de tudo para chamar a atenção e voltar para a esposa. Inclusive ameaçou se matar, na esperança de reatar o relacionamento. "Ele era muito dissimulado. Se fazia de depressivo e, logo em seguida, aprontava quando a guarda baixava. Ele dizia que estar se tratando com psiquiatra e tomando remédios, mas estava sempre maquinando algo para atingi-la."
O crime aconteceu há uma quadra da escola. Segundo a instituição, Luciane era professora há mais de dez anos no local e, na tarde de hoje, estava chegando para dar aula na escola em que o filho estuda, quando foi abordada. Devido ao crime, as atividades na escola foram suspensas e só devem ser retomadas na semana que vem.
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