Preta Gil fala sobre críticas gordofóbicas à capa de seu primeiro disco
De infância vivida em um ambiente livre de preconceitos e a favor da aceitação, Preta Gil teve de lidar com a gordofobia pela primeira vez aos 28 anos, em 2003. A cantora recebeu uma enxurrada de críticas depois de aparecer nua na capa de seu primeiro disco, Prêt-a Porter, o que abalou sua autoestima.
Hoje, aos 45 anos, Preta entende a importância da autoanálise e da autoaceitação, e ainda luta para transformar os julgamentos que recebe em boas oportunidades - para ela e para as outras pessoas.
"Ao defender a minha existência, percebi que estava defendendo milhares de mulheres", contou Preta ao Stupid Talks, novo projeto de Camila Coutinho que estreia hoje no IGTV, às 21h. "Não tive medo de acreditar em mim e de recomeçar", completou.
A filha de Gilberto Gil também disse acreditar que, se lançasse seu disco hoje, a repercussão seria diferente. "Na época, eu era chamada de louca e hoje eu seria chamada de empoderada. Isso é bom, sinal de que evoluímos e nos unimos", comemorou.
Engajada, Preta ainda discursou sobre sua luta pela democratização da moda no Brasil e pela não padronização do termo "plus size". "O ideal é entrarmos em uma mesma loja e ter roupa para todos os tamanhos", opina ela, que tem feito colaborações com diversas marcas desse segmento para incentivar a inclusão.
A cantora, por fim, também falou sobre seus novos trabalhos: a série documental "Vidas Transversais" e o clipe "Só o amor", feito em parceria com Gloria Groove. O projeto traz histórias de mulheres transexuais que lutam por espaço no mercado de trabalho.
"A minha arte tem que ser aliada a essas causas, tanto pelo esclarecimento como pela ruptura de preconceitos", concluiu.
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