Deborah Secco diz que traía para facilitar o término. Entenda comportamento
Recentemente Deborah Secco participou de um vídeo no canal do Youtube da colega de profissão Thais Fersoza e abriu o coração sobre o passado amoroso. Ela relembrou que, antes de conhecer o atual marido, Hugo Moura, permaneceu em uma relação com um homem casado por dez meses e desabafou sobre o quanto isso lhe trouxe infelicidade. "Um dia eu cheguei em casa tão triste, ajoelhei, rezei. Achava que era merecedora de alguma coisa", confessou.
Ela também contou que, antes de se casar, tinha comportamentos nocivos nas relações. "Eu sempre traí para sair da relação. Precisava me apaixonar por alguém para ir embora. Parece que eu tinha um apego aos maus tratos, às relações abusivas", disse. Em seguida explicou que não tinha essa atitude por ser "galinha", mas para tentar se livrar das situações que vivia. Apesar disso, admite: "Não era uma pessoa correta, eu não era sincera. Tentava ser uma pessoa melhor. Mas com o Hugo eu contei tudo o que eu fiz. Naquele momento vi o quanto era bom você ser você e abraçar seus defeitos. Hoje eu não tenho nenhum segredo. Ele me aceitou e amou do jeito que eu sou. O Hugo me traz paz, hoje a minha vida é leve", resumiu.
Mas a fala da atriz repercutiu nas redes sociais: é comum trair para sair da relação? A seguir, especialistas explicam o comportamento:
Dor do término é motivação
"Desde cedo o ser humano aprende que a separação representa uma ameaça: quando somos crianças, temos medo de nos separar dos nossos pais. Na fase adulta, é natural sentir o mesmo com relação aos parceiros amorosos", pontua a psicanalista Renata Bento. É por essa razão que, mesmo quando as partes não estão inteiramente satisfeitas, muitas vezes optam por continuar sustentando o namoro ou casamento. "Existe a mentalidade de que está ruim com o parceiro, mas pode ficar pior sem ele. Tudo isso é motivado pelo medo da solidão", detalha o psicólogo Reinaldo Renzi, ressaltando que estes sentimentos ficam mais intensos quando o relacionamento tem traços abusivos.
Traição: um passo sem volta
"Uma das consequências da traição é destruir a relação", esclarece Renata. Por isso, apesar de ser um comportamento nocivo, a "muleta" costuma funcionar para quem quer sair de uma relação, mas não tem coragem. "É uma sabotagem. A pessoa executa o ato pensando em ser pega ou em revelar a verdade e assim não ter como voltar atrás na decisão. Além disso, se desenvolver uma paixão pelo terceiro elemento, pode encontrar mais forças para enfrentar o término", aponta Reinaldo. Por outro lado, o profissional alerta para os riscos emocionais da decisão, uma vez que ela pode gerar tristeza, raiva e até insatisfação pessoal.
Como Deborah, é possível quebrar o ciclo
Os psicólogos apontam o caminho para romper um padrão afetivo que está sendo tóxico: o amadurecimento. "Como as ações são inconscientes, a quebra da repetição exige esforço. É preciso tomar consciência de que não deseja mais aquilo para você, pois o comportamento sempre bate à porta. Para evitá-lo, é necessário empenho e clareza do que espera da vida dali por diante", resume Renata.
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