O que é libido? Explicamos a pergunta mais procurada de 2019 no Google
De UniversaO Google divulgou nessa quarta (11) as palavras mais buscadas de 2019 no site. Entre as perguntas, se destaca "o que é libido?". A palavra quer dizer desejo sexual ou vontade de fazer sexo.
Há muitos motivos para essa palavra estar em alta nas buscas. A falta de vontade de transar é mais comum do que se imagina, mesmo para quem está no auge da sexualidade.
O setor especializado em sexologia da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo) revela que a diminuição da libido está em primeiro lugar entre as queixas femininas, seguida pela falta de orgasmo e dor na hora do sexo. São vários os motivos que fazem com que a libido desapareça. O relacionamento está interessante? Há algo atrapalhando o sexo, como traições ou hábitos que tornem a transa mecânica? Como anda a autoestima sexual? A mulher tem hábitos de erotização?
Depois de analisar essas perguntas, é importante verificar se existe algum sinal de depressão. O uso de antidepressivos ou anticoncepcionais e a ocorrência de menopausa mudam um pouco a intensidade do desejo.
Os especialistas garantem que o desejo feminino é, na maioria das vezes, ativado por um estímulo sexual. Ele costuma ser mais ativo no início da relação, quando há paixão e sedução. No relacionamento estável, a pessoa para de pensar em sexo, porque tem a falsa impressão de que a relação é segura. Outros impeditivos: trabalho, filhos, vida doméstica e pessoal
E se eu nunca tive tesão na vida?
Essa é a falta de libido primária. Nesses casos, os motivos podem ser uma educação muito rígida e repressora, excesso de timidez, medo de se mostrar para o outro e até um trauma, como um abuso sexual. Já a causa secundária é quando estava tudo bem e o desejo foi se perdendo progressivamente. O termômetro para saber se algo está errado é ver se causa sofrimento para a mulher ou no casal.
Aí, é importante procurar um ginecologista e eliminar qualquer suspeita de origem fisiológica, como desequilíbrio hormonal ou doenças crônicas. Analisar os medicamentos e o anticoncepcional usados também faz parte.
A partir daí, a chave é procurar um médico especializado em sexualidade, um psicólogo ou um terapeuta sexual. É ele que vai orientar sobre os hábitos de erotização do casal, como driblar o cansaço e criar momentos de intimidade — um jantarzinho, um vinho ou até uma série erótica.
Serviço: O projeto Afrodite, da Unifesp, presta atendimento gratuito. Na rua Embaú, 66, Vila Clementino, SP. De segunda a sexta, das 7h às 15h30.
* com informações da matéria Sem libido: veja a solução para principal disfunção sexual das mulheres, publicada em 9/10/2019.