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Ex-marido invade casa pelo teto e mata mulher a facadas na Argentina

Policiais chegaram a socorrer Luisa Fernanda Kuhn, mas ela não resistiu aos ferimentos no fígado, no pâncreas e na aorta - Reprodução/Facebook
Policiais chegaram a socorrer Luisa Fernanda Kuhn, mas ela não resistiu aos ferimentos no fígado, no pâncreas e na aorta Imagem: Reprodução/Facebook

De Universa, em São Paulo

16/12/2019 20h05

Luisa Fernanda Kuhn, 48, foi morta a facadas no último sábado (14) pelo ex-marido Fabio Otero, 47, em Coronel Suárez, Argentina, cidade a cerca de 270 quilômetros de Buenos Aires. Policiais chegaram a tempo de prendê-lo, mas não de evitar o ataque e a morte da mulher. As informações foram publicadas pelo Clarín.

Luisa chamou a polícia depois de ouvir barulhos vindos do teto de sua casa. Era Otero tentando forçar a entrada, uma vez que a porta da frente estava trancada. Quando finalmente invadiu a casa da ex-mulher, ele a esfaqueou quatro vezes na barriga antes de ser detido pelos policiais.

Quando o socorro chegou, Luisa estava deitada no chão no quintal da frente. Ela foi levada ao hospital municipal de Coronel Suárez e chegou com feridas profundas no fígado, no pâncreas e na aorta. Morreu pouco depois.

Os dois estavam separados há cerca de um ano. Nesse meio-tempo, ambos se denunciaram por violência e ameaças. A Justiça chegou a determinar uma ordem de restrição para a mulher contra Otero, mas o pedido venceu.

"Acreditamos que ele foi [à casa de Luisa] com a intenção de matá-la porque a faca que levou não era de lá", disse o delegado Oscar Aguirre, responsável pelo caso, acrescentando que Luisa estava sozinha no momento do ataque, apesar de viver com sua filha e seus netos.

Há quatro anos, Luisa já havia denunciado Otero por agressão. Segundo a polícia local, pelo menos outras duas ex-mulheres também prestaram queixas contra ele por violência.

Otero violou as ordens de restrição duas vezes. Foi preso e liberado logo depois. No sábado, depois de ser detido pelos policiais, não resistiu à prisão e foi levado a uma delegacia da região. Hoje foi conduzido à Bahía Blanca para ser interrogado.

Nas redes sociais, dezenas de pessoas publicaram mensagens de solidariedade à família de Luisa e pedidos por justiça. Familiares, amigos e colegas de trabalho se despediram de Negra Kuhn, como era conhecida, na manhã de domingo (15).