Vencedora do Globo de Ouro deixou série que pressionava por nudez, diz site
Ruth Wilson surpreendeu os fãs em 2018 ao deixar a série The Affair, na qual estava desde 2014 e que rendeu a ela um Globo de Ouro em 2015, sem explicação. No entanto, segundo publicou hoje o site The Hollywod Reporter, a decisão da britânica foi tomada por frustrações e pressões para que ela ficasse nua em cena, além de outros atritos com a criadora da atração, Sarah Treem.
Após falar com diversos envolvidos na atração, o veículo apontou um "ambiente de trabalho hostil" para Ruth Wilson, "objeto de investigação não relatada anteriormente pelo grupo que controla a Showtime (canal que exibia a atração, encerrada em novembro), a CBS".
A reportagem informa que Wilson tinha ciência prévia de eventuais cenas de nudez nas gravações, mas "acabou questionando a frequência e a natureza de certas cenas". "Fontes (...) dizem que muitas vezes era pedido a Wilson que não se vestisse em cenas em que parecia não haver lógica criativa clara para a nudez", acrescenta o texto.
Embora a atriz britânica tenha repetidamente manifestado sua insatisfação, a situação não apresentou mudanças. Pior: para ela, Sarah Treem pressionava particularmente para tais cenas.
"Repetidamente, testemunhei Sarah Treem tentando persuadir os atores a ficarem nus, mesmo que eles se sentissem desconfortáveis ou não estivessem contratualmente obrigados", disse uma fonte.
A criadora da séria, ao The Hollywood Reporter, negou qualquer pressão. "Isso não é quem sou. Eu não sou uma pessoa manipuladora", afirmou, garantindo ter feito "tudo o que podia" para que a atriz se sentisse confortável com as cenas de nudez.
"Dediquei toda a minha vida profissional a escrever e falar sobre questões femininas, causas femininas, empoderamento feminino e criar papéis fortes e complexos para mulheres no teatro e em Hollywood, dentro e fora da tela", rebateu Treem.
"É o que eu penso, o que me importa, é o que impulsiona minha vida e trabalho. A razão de eu criar The Affair foi para esclarecer como a experiência feminina de se mover pelo mundo é tão diferente da masculina. É como falar uma segunda língua. A ideia de que eu jamais cultivaria um ambiente inseguro ou assediaria uma mulher em um dos meus programas é totalmente ridícula e carece de fundamento na realidade", acrescentou.
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