Criança de 1 ano é estuprada e morre no Pará; padrasto e mãe são presos
Uma menina de 1 ano e 8 meses morreu anteontem no Hospital Municipal de Parauapebas (PA), a 651 km de Belém, vítima de paradas cardiorrespiratórias decorrentes de agressões supostamente praticadas pelo padrasto, de 31 anos. Ele também é suspeito de abusar sexualmente da enteada. O laudo médico apontou que a criança sofreu estupro.
Além do homem, a mãe da vítima, de 28 anos, também está presa por omissão ao não denunciar os abusos. Eles são investigados por estupro de vulnerável e feminicídio.
Segundo a Polícia Civil, a criança chegou desacordada ao hospital. Na sala de emergência, uma técnica de enfermagem observou lesões nas partes íntimas da vítima, fazendo a equipe médica chamar os policiais.
Na primeira versão apresentada no hospital, a mãe da menina informou que a filha estava brincando e bateu a cabeça ao cair da cama durante uma brincadeira e que logo em seguida desmaiou enquanto assistia à TV.
Depois, aos investigadores, a mãe teria dito que saiu para comprar carne e quando retornou, a menina passava muito mal no colo do padrasto. Durante o banho, a garota não respondia aos sentidos e chegou a receber uma massagem cardíaca do homem.
Segundo a delegada Ana Carolina Carneiro de Abreu, a mulher sabia que o marido praticava os abusos contra a filha. Ele estuprava a menina quando a esposa se recusava a manter relações sexuais.
"O mais absurdo de toda essa história é que a mãe admitiu que sabia dos abusos sexuais praticados pelo companheiro contra a criança. Ela disse que quando se recusava a manter relações sexuais com marido, ele abusava da criança", disse a delegada.
"Durante o procedimento médico, a criança foi encaminhada à sala de sutura, onde teve parada cardiorrespiratória. Foi reanimada por uma equipe do Serviço Móvel de Urgência Samu, e em seguida foi entubada", afirmou a delegada sobre os procedimentos iniciais no hospital.
Criança pode ter sido vítima em ritual
De acordo com a Polícia Civil, uma das hipóteses investigadas é a de que a vítima pode ter sido submetida a algum ritual de magia negra. Essa linha de apuração surgiu depois que vizinhos informaram aos investigadores que a garota participava dos rituais. Eles deverão ser intimados e ouvidos formalmente na Delegacia de Atendimento à Mulher.
Durante diligências no imóvel da família, a polícia encontrou artefatos, objetos e altares que apontam para a prática de rituais.
Universa encontrou um perfil do padrasto nas redes sociais. Ele costumava publicar imagens de rituais, com um ambiente escuro, velas, bebidas alcoólicas e alguns alimentos em cima de tapetes. Em uma das publicações, ele diz "sou filho da magia e mexo com forças ocultas".
A Polícia Civil não soube informar se o casal já tem um advogado constituído. Padrasto e mãe da garota estão com prisão preventiva decretada na penitenciária.
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