Hospital recomenda uso de peças íntimas claras e funcionárias protestam
Resumo da notícia
- Funcionárias de hospital em BH fizeram "varal de calcinhas" em protesto contra gerência ontem
- De acordo com elas, texto cirulado entre funcionários recomedava uso de roupas íntimas "lisas e claras"
- Hospital diz que segue normas trabalhistas, e que texto foi apenas "sugestão"
Funcionárias do Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte, montaram ontem uma manifestação contra uma recomendação da gerência. Uma imagem que Universa teve acesso mostra o texto, que sugere que os funcionários dessem preferência às roupas íntimas lisas e de "tons claros".
Uma ex-funcionária do hospital, que preferiu não se identificar, disse para Universa que a norma entrou em vigor nas últimas semanas e não houve uma justificativa plausível sobre o motivo da recomendação. "Os uniformes são verde-escuro, então não haveria a necessidade de usar roupas íntimas claras", diz a enfermeira, que trabalhou na instituição por dois anos.
O protesto, que aconteceu nesta quarta-feira (15) em frente ao hospital, contou com um "varal de calcinhas" que ficou estendido na frente da unidade localizada na região centro-sul da capital mineira. Segundo o Sindeess (Sindicato dos Empregados dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde de BH e Região), a recomendação para roupas íntimas não faz parte da pauta do órgão, uma vez que o motivo principal da manifestação foi o corte do adicional salarial noturno a partir de fevereiro.
Porém, o assunto pode aparecer na reunião do sindicato com a diretoria do hospital marcada para a tarde desta quinta-feira (16). A ex-funcionária entrevistada por Universa disse que não houve qualquer discussão sobre como essa norma seria "fiscalizada" pelo hospital. "Não sabemos se ela deve continuar mesmo com toda essa repercussão."
Em nota para a Universa, a diretoria do Felício Rocho alegou que "segue e respeita integralmente o previsto na CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), Constituição Federal e na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT)" firmada entre os sindicatos dos empregados e dos hospitais.
O comunicado ressaltou que o texto que circulou entre os funcionários era "de caráter genérico e não obrigatório", caracterizando o trecho sobre roupas íntimas como uma "sugestão".
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