Kanye West vai discursar em evento com líderes religiosos homofóbicos

De Universa, em São Paulo
Rozette Rago/The New York Times
Show de Kanye West no Festival Coachella, em abril de 2019

Resumo da notícia

  • Kanye West vai participar de evento evangélico com líderes religiosos homofóbicos
  • Um dos convidados, por exemplo, apoiou lei na Uganda que condenaria gays a prisão perpétua
  • Representantes do rapper não responderam à polêmica

Não é novidade que Kanye West abraçou o cristianismo — a guinada de vida do rapper já rendeu dois álbuns gospel, afinal. No entanto, o seu mais recente anúncio atraiu acusações de homofobia contra o norte-americano.

West foi revelado como palestrante do Awaken 2020, um evento evangélico que acontecerá no sábado em Tempe (EUA), em um estádio de futebol.

Ao lado do rapper no evento, como apontou o site "Advocate", estão vários líderes religiosos que já expressaram opiniões e apoiaram políticas de teor homofóbico, tanto nos EUA quanto internacionalmente.

Um deles é Ché Ahn, líder da HRock Church, que já deu diversas declarações contra os direitos LGBTQ+, e fez campanha contrária à aprovação do casamento igualitário nos EUA.

Lou Engle, outro palestrante no evento, chefia a organização The Call, que organiza eventos de oração ao redor do mundo. Ele já expressou apoio, por exemplo, a uma lei em Uganda que sentenciaria homens gays à prisão perpétua.

Já Cindy Jacobs, que também estará no Awaken 2020, lidera a Generals International. Ela já alegou que o Equality Act, uma proposta de lei que baniria discriminação contra pessoas LGBTQ+ em questões de moradia e emprego nos EUA, "poderia levar a uma Guerra Civil".

West e seus representantes ainda não comentaram sobre a polêmica.