Pré-candidato dos EUA sobre ter se declarado gay: "Tive que correr o risco"
Resumo da notícia
- Pete Buttigieg é pré-candidato do partido democrata à presidência dos Estados Unidos
- Em entrevista ao jornal The New York Times, ele falou sobre a decisão de declarar sua orientação sexual publicamente quando era prefeito, em 2015
- Hoje, diz que sua presença na corrida presidencial é importante para inspirar outras pessoas a aceitarem ser quem são
Um dos pré-candidatos democratas às eleições presidenciais dos Estados Unidos, Pete Buttigieg disse, em entrevista ao jornal The New York Times, que, na época em que decidiu declarar publicamente sua orientação sexual, sabia que poderia representar o fim da sua carreira política.
Em 2015, quando era prefeito da cidade de South Bend, no estado de Indiana, ele, escreveu um artigo para o jornal South Bend Tribune intitulado "Por que Sair do Armário Importa". No texto, ele diz: "Colocar algo tão pessoal nas páginas de um jornal não é fácil. Mas é evidente, para mim, que em um momento como esse, ser mais aberto sobre esse assunto é bom. Para um estudante lutando contra sua sexualidade, pode ajudar um prefeito gay passar a mensagem de que sempre haverá espaço para você".
Na entrevista ao NYT, Buttigieg (pronuncia-se "bure-djédje") afirma que quando decidiu fazer a declaração publicamente, havia "todas as indicações de que poderia significar o fim da minha carreira política".
"Mas cheguei à conclusão de que tinha que correr o risco. Além disso, eu tinha um pouco de fé em minha comunidade, de que pelo menos em meu emprego [como prefeito] poderia ganhar outra chance com base no trabalho que realizava", afirma. "Percebi que, entre o momento que percebi ser gay e o momento que declarei isso publicamente, vivi um período em que evitei o amor. A maioria dos colegas tinha algo que eu não tinha, que é saber como é estar apaixonado. Isso era insustentável."
Atualmente, ele é casado com professor de teatro e humanidades Chasten Buttigieg. Os dois começaram a namorar em 2015 e casaram em 2018.
Depois de começar a falar abertamente sobre o tema e de estar na corrida pela presidência americana, o pré-candidato afirma perceber a influência positiva que tem sobre outras pessoas.
"Não foi por isso que entrei nesta corrida, mas faz parte do significado desta campanha, e estou muito consciente disso. Também estou muito atento, de uma perspectiva histórica, que quando quebra uma barreira para a presidência, geralmente não é a primeira pessoa a fazer a tentativa. Portanto, a primeira mulher presidente não será a primeira mulher a concorrer à presidência. O primeiro presidente afro-americano não foi o primeiro afro-americano a concorrer à presidência. Analiticamente, estou consciente do fato de que posso concorrer à presidência e, se eleito, seria o primeiro presidente gay e sou o primeiro a tentar", afirma
"Algumas coisas que isso [declarar a orientação sexual publicamente] significam agora, que são muito poderosas são os jovens me dizendo que eu os estou ajudando, de alguma maneira, apenas concorrendo. E nem só os jovens homossexuais. Foi muito emocionante quando um adolescente me informou que minha campanha o ajudou a sentir que ela tinha um senso de pertencimento à sua escola e ao ambiente, mesmo que ela tivesse autismo. Então, é essa ideia de representar a diferença de uma maneira que valide os outros."
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