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Prada terá de promover curso sobre equidade racial para funcionários

Produtos da marca Prada em vitrine de loja em Nova York: "blackface", racismo e acordo com a prefeitura - Reprodução/Twitter
Produtos da marca Prada em vitrine de loja em Nova York: "blackface", racismo e acordo com a prefeitura Imagem: Reprodução/Twitter

De Universa

05/02/2020 16h08

Como parte de um acordo firmado com a Comissão de Direitos Humanos da prefeitura de Nova York, a grife Prada terá que promover um curso de conscientização, que inclui o tema "equidade racial", segundo reportagem do jornal "The New York Times".

Todos os empregados da unidade de Nova York deverão participar do treinamento, além dos executivos em Milão, sede da marca, uma vez que as decisões tomadas na Itália têm repercussão também na cidade americana.

Assim, os CEOs da empresa, Miuccia Prada e o marido, Patrizio Bertelli, terão de participar das aulas.

Em 2018, a Prada foi denunciada por racismo quando uma loja em Nova York colocou na vitrine produtos e decoração que remetiam à prática de "blackface" — antiga pintura facial com o carvão de cortiça de atores brancos para representar personagens afro-americanos de forma pejorativa.

Na sequência, a grife anunciou que iria retirar os produtos da venda e emitiu um comunicado dizendo que estavam "comprometidos em criar produtos que celebrem a moda diversa e a beleza das culturas de todo o mundo". "Removemos todos os produtos da Pradamalia que foram ofensivos e estamos tomando providências imediatas deste caso", afirmou a marca.

O acordo, segundo o NYT, exige ainda que a Prada indique um diretor de diversidade e inclusão nos próximos 120 dias. As responsabilidades do funcionário incluirão "revisar os designs da Prada antes de serem vendidos, anunciados ou promovidos de qualquer forma nos Estados Unidos". Também ficou definido que, a cada seis meses durante os próximos dois anos, a marca reportará à comissão o progresso da empresa em alcançar as metas do acordo.