Salão é condenado por corte de cabelo no DF; quando levar caso à Justiça?
Um salão de beleza em Brasília foi condenado pela Justiça na última sexta por deixar o cabelo de uma cliente elástico e quebrado. A ideia era pintá-lo, mas o profissional não conseguiu chegar na cor desejada pela cliente. Para deixar a situação ainda mais delicada, a cliente deixou o salão com o couro cabelo machucado. Ela vai receber R$ 3.000 entre multa e danos morais. Cabe recurso.
Experiências ruins no salão de beleza não são incomuns. O ato de descolorir e colorir até chegar na cor esperada pode ser um processo complicado. Quando o assunto é corte, a expectativa da cliente, a compreensão do look pelo profissional e o resultado final nem sempre terminam em perfeita harmonia. Mas quando uma experiência ruim pode ser levada para a Justiça?
Não é só por que você "não gostou"
Nem sempre um corte ruim é caso de disputa judicial. Se você levou a foto da Beyoncé e não saiu igual a ela, é preciso ter um pouco de paciência. A quebra de expectativa não é um argumento que tende a sensibilizar o juiz. No caso da cliente de Brasília, ela anexou fotos e vídeos de antes e depois para que a Justiça avaliasse o estrago.
Se a tesoura picar um pedacinho de orelha (ai!), ou a máquina machucar e sangrar ou até mesmo se a acidez de um produto danificar seu couro cabelo, é possível levá-lo a um tribunal. Nesses casos, o comum é pedir ressarcimento do valor pago ou pedir indenização por danos morais.
Além do fator de o serviço prestado ter provocado algum dano material, o dano moral ou emocional também pode ser considerado. Por exemplo: se você tinha festa de casamento ou uma entrevista de emprego e o corte fez com que você passasse por constrangimento.
Como denunciar
Uma primeira saída é negociar com o próprio cabeleireiro um reparo pela mancada. Isso facilita o processo de reparação de danos e agiliza uma briga que pode durar meses ou anos. No caso do salão de Brasília, o serviço foi prestado em setembro de 2019 e a condenação ocorreu na semana passada.
Caso você ou o profissional não fiquem felizes com o acordo, o caso pode ser levado para o Juizado Especial Cível ou para qualquer vara de Justiça comum.
É preciso ter evidências do corte desastrado, como fotos, vídeos e notas fiscais. O Procon também pode auxiliá-la por telefone ou receber uma queixa pelo corte que ficou longe do planejado. Quem vai decidir se você vai ser indenizada, ou não, é a Justiça.
(Fonte: Marco Antonio Araujo Junior, assessor-chefe do Procon São Paulo e especialista em direito do consumidor)
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