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Mais de 50% das empresas não trabalham por igualdade de gênero, diz estudo

Mulheres representam apenas 40% da força de trabalho global, aponta estudo "When Women Thrive" 2020 - fizkes/iStock
Mulheres representam apenas 40% da força de trabalho global, aponta estudo "When Women Thrive" 2020 Imagem: fizkes/iStock

De Universa, em São Paulo

05/03/2020 19h00

A igualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho ainda demanda muitas mudanças por parte das companhias, segundo o relatório global da Mercer, "When Women Thrive" 2020. O estudo mostra que 81% das organizações afirmam buscar diversidade e inclusão, mas apenas 42% apresentam estratégias documentadas para alterar o cenário.

A pesquisa consultou, entre setembro e novembro de 2019, 1.157 organizações de 54 países (incluindo o Brasil). O cálculo é que cerca de 7 milhões de trabalhadores são impactados de alguma forma pelas respectivas empresas.

O estudo mostra que mulheres representam apenas 40% da força de trabalho global, apenas dois pontos percentuais acima do registrado na última (e única) pesquisa, realizada há quatro anos.

Embora o sexo feminino represente 47% do pessoal de apoio e 42% dos cargos de nível profissional, apenas 29% e 23% são postos em níveis sênior e executivo, respectivamente.

Entre as organizações consultadas, apenas 25% monitoram necessidades de saúde específicas de gênero.

Empresas brasileiras

Enquanto, a nível global, 33% das empresas tenham cargos exclusivos para diversidade e inclusão (D&I), no Brasil o número é de apenas 20%.

"Para que avanços reais sejam alcançados, proporcionando resultados tangíveis e de longo prazo, as organizações precisam de equipes dedicadas à D&I", afirma Ana Laura Andrade, líder de Talent Strategy da Mercer Brasil.

Mudanças positivas

O estudo aponta que quase três quartos (72%) das empresas têm equipes que analisam a equiparação salarial. Já 66% das organizações afirmam ter executivos seniores engajados com iniciativas de D&I — o número era de 57% na última pesquisa.

Menos de um terço das empresas reportou, no relatório, dificuldades para atrair (32%), promover (32%) e reter (20%) mulheres.