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Transar uma vez por semana é suficiente para um casamento sexualmente feliz

Casais que transam uma vez por semana são tão feliz quanto os que transam mais que isso - vorDa/iStock
Casais que transam uma vez por semana são tão feliz quanto os que transam mais que isso Imagem: vorDa/iStock

de Universa

09/03/2020 04h00

Dos cinco termos mais pesquisados no Google em relação a casamento, três são sobre a falta de sexo ("casamento sem sexo" fica na frente de "casamento infeliz"). A maioria dos estudos sobre sexo no casamento pelo mundo indica insatisfação de ambas as partes, sobretudo no que diz respeito à frequência. Mas um relacionamento sexualmente feliz não parece estar necessariamente relacionado à quantidade de transas, segundo Ana Canosa, sexóloga e apresentadora do podcast Sexoterapia.

A afirmação é baseada em um estudo canadense que investigou a relação entre felicidade e frequência sexual na vida de 30 mil americanos e descobriu que quantidade não aumenta a sensação de satisfação e prazer. De acordo com o levantamento, fazer sexo uma vez por semana é o suficiente para manter o nível de bem-estar entre casais. "O que não significa que fazer sexo mais de uma vez por semana faça mal. Mas esse mínimo já pode garantir felicidade", afirma a sexóloga.

Da pegação aos bebês

Esse resultado faz sentido, levando-se em conta o aspecto evolutivo do sexo. "Primeiro a gente sente desejo, depois afeto e depois apego", diz Ana. "As pessoas que estudam evolução acreditam que essa tríade do desejo, amor e apego serviu para o ser humano poder copular, engravidar e dar conta de um processo de cuidado do bebê", completa. Mas, mesmo para os casais sem filho, é natural que a paixão dos primeiros dias esfrie à medida que passa o tempo, aumentam as obrigações diárias e a rotina se instala.

Para não deixar que a relação esfrie completamente, é preciso que o casal se empenhe na missão de manter pelo menos a frequência sexual mínima da felicidade. A dica de Ana é: mentaliza o sexo, que ele vem! Quanto mais pensamos nisso, mais temos vontade de fazer. Ela explica que para manter o desejo e a frequência é se disponibilizar para o momento sexual. Vale, sim, marcar um dia e horário para o sexo, se for o caso. Só esse movimento de pensar no assunto, já faz o cérebro virar a chave para o modo "diversão", segundo a sexóloga.

Outras maneiras de ativar esses neurônios são lembrar um sexo incrível que o casal já experimentou, assistir a filmes e ler livros eróticos. "Quando estiverem deitados juntos vendo TV, passar muito levemente a mão nos pelos púbicos do outro, ativando as terminações nervosas dos bulbos, é uma ótima forma de excitar deixar o corpo excitado", aconselha. Mas e quando o casal se descuida e deixa o desejo morrer, é possível resgatá-lo? Segundo Ana, sim, desde que se proponham a investir nisso. "Já vi muitos casais recuperaram seu erotismo, principalmente aqueles que tinham química no inicio da relação", afirma. Mas para isso, é preciso ter calma, conversar sobre o assunto e ser claro sobre os sentimentos.

Acompanhe o Sexoterapia

Sexo oral é o tema do nono episódio do podcast Sexoterapia, um espaço criado por Universa para falar de sexo e relacionamento. Nesse episódio, as apresentadoras Marina Bessa, editora chefe de Universa, e Ana Canosa, sexóloga, recebem a sensual coach e idealizadora da marca de cosméticos íntimos Sophie Sensual Feelings Chris Marcello.

Sexoterapia está disponível no UOL, no Youtube de Universa e nas plataformas de podcasts, como Spotify, Apple Podcasts, no Castbox e Google Podcasts.