Delegado é denunciado por MP por duplo feminicídio de esposa e enteada
O delegado Érik Wermelinger Busetti, 45, indiciado por matar a esposa e a enteada em Curitiba, foi denunciado nesta sexta (20) pelo Ministério Público do Paraná. A instituição seguiu a conclusão feita pela investigação da Polícia Civil e aponta Érik como autor de um duplo feminicídio.
A mãe e escrivã Martiza Guimarães de Souza, 41, e a filha Ana Carolina de Sousa Holz, 16, morreram abraçadas. O crime aconteceu na madrugada de 5 de março.
Réu confesso, o delegado foi preso em flagrante e está detido no Complexo Médico-Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Ao menos nove disparos foram efetuados.
Relembre o crime
Uma discussão de mais de três horas entre o delegado de polícia Érik Wermelinger Busetti, 45 anos, e a mulher, a escrivã Maritza Guimarães de Souza, 41, antecedeu a morte dela e da filha Ana Carolina de Souza Holz, 16. O crime aconteceu na madrugada de 5 de março em um condomínio em Curitiba. O inquérito foi concluído hoje e o delegado foi indiciado por duplo feminicídio.
Para esclarecer o crime, os investigadores analisaram imagens de câmeras do circuito interno da casa de dois andares - que não foram disponibilizados à imprensa. Na gravação, Maritza é vista arrumando as malas no closet do quarto, segundo detalhou a delegada Camila Cecconello, responsável pela investigação.
Por volta da meia-noite, quando a briga ficou mais acirrada com o delegado, a escrivã pegou a bolsa e desceu do segundo para o primeiro andar em direção à porta de saída. Neste momento, a adolescente abriu a porta do seu quarto e começou uma discussão com o padrasto.
"No que a Ana Carolina abre a porta do quarto, o suspeito começa a discutir com ela e acaba entrando no quarto da enteada e desferindo um chute e tapas no corpo da Ana Carolina. Na sequência, ele sai do quarto e a Ana Carolina vai atrás dele, pendurando-se no corpo dele, quando ele está de costas", observa a delegada.
A escrivã, que já estava na porta de saída, ouviu o barulho da discussão e voltou para o interior da casa. As câmeras não gravaram a briga, que ocorreu em um ponto cego do sistema de monitoramento. "Não dá para ver o que acontece, mas uma questão de dois, três segundos a gente já vê a arma sendo disparada e a Maritza e a Ana Carolina caindo abraçadas até atingir o solo", diz Camila.
*Com Hygino Vasconcellos, em colaboração com Universa
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