Ingrid Guimarães usou 'baixa autoestima da adolescência' a seu favor
Aos 47 anos, Ingrid Guimarães aprendeu a se amar e respeitar seu corpo com o tempo e, principalmente, o autoconhecimento. A atriz brasileira mais vista nos cinemas na última década, diz que aprendeu a usar tudo isso a seu favor.
"Na adolescência, me sentia um patinho feio. E fui realmente florescendo, floresci. Acho que tem a ver com autoconhecimento, você vai vendo que tem muitas coisas legais e que isso é muito mais importante do que um nariz e uma boca. E que a sua arte não tem nada a ver com a estética, tem a ver com a sua originalidade. Tudo isso que tinha de baixa autoestima na adolescência usei a meu favor, brinquei com isso", refletiu, em entrevista à Quem.
E o trabalho traz tanta realização para Ingrid que não está em seus planos se aposentar tão cedo dos palcos e das telas.
"Quero trabalhar até morrer, se eu puder morrer no palco está bom para mim. Não vou ser a 'vovózinha' que vai fazer tricô, não dá para mim. Não quero ser a velhinha da van. Quero ser a velhinha que as velhinhas da van vão ver no teatro", disse.
Machismo no humor
Mas, mesmo que hoje em dia Ingrid tenha se encontrado na profissão, o começo não foi fácil. A atriz contou ter lutado contra o machismo no humor desde o começo de sua carreira.
"Existe uma coisa antiga de novela que é o núcleo de humor. Nunca gostei muito disso, nem de nenhum tipo de estereótipo em relação ao humor, da comediante ser a feia, a gorda, a amiga maluca ou a piranha. Antigamente tinha isso", considerou.
"Nos programas de humor éramos escada e nas novelas éramos secretária ou amiga maluca. Isso era como era. Era um machismo enraizado. Era a visão enraizada que eles tinham da mulher, da mulher que não podia rir, não podia gargalhar de boca aberta... A mulher bonita não podia ser engraçada e a mulher engraçada não podia ser bonita", completou.
O último papel de Ingrid Guimarães na televisão foi Silvana Nolasco, uma atriz extravagante da novela "Bom Sucesso". Desde então, a atriz não voltou à TV e, agora, aproveita o isolamento causado pela pandemia do coronavírus para pensar em novos projetos.
"Já estou há 15 dias em casa com o meu marido e a minha filha, fazendo deveres, reuniões e lives on-line, brincando com a Clara, desengavetando projetos, aproveitando para atualizar séries e escrever meu próximo roteiro de filme", contou.
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