Fabricantes de roupas em Bangladesh perdem US$ 3 bi e fazem apelo a marcas
A paralisação de serviços em quase todo o mundo afetou as fábricas de vestuário em Bangladesh. Elas calculam um prejuízo de US$ 3 bilhões com pedidos cancelados.
A Associação de Fabricantes e Exportadores de Vestuário de Bangladesh (BGMEA) divulgou um balanço hoje sobre os efeitos das medidas adotadas pelo mundo para combater o novo coronavírus. O país é o segundo maior exportador de roupas para a China.
Segundo o documento, os pedidos cancelados incluíam grandes compras de clientes europeus como C&A, Inditex, Primark, Marks & Spencer, Tesco, Walmart e Target.
Uma pesquisa divulgada na última sexta-feira mostrou que milhões de trabalhadores estão em casa, devido ao fechamento das fábricas para manter as pessoas isoladas e reduzir a circulação nas cidades, mas sem receber salário ou indenização que lhes são devidos.
O BGMEA informou que US$ 1,8 bilhão em pedidos estão retidos e US$ 1,4 bilhão foi cancelado. O apelo das fabricantes é para que as marcas não cancelem seus compromissos com elas.
A loja H&M disse que vai pagar pelos pedidos feitos que estão em produção. Já a PVH, dona das marcas Calvin Klein, Tommy Hilfiger e Heritage, disse aos fornecedores que está lançando faturas suspensas desde 18 de março. Os pagamentos posteriores serão processados gradualmente.
A atitude das duas marcas foi elogiada pelos fabricantes, que apelam para que outros clientes façam o mesmo.
Mais de um milhão dos quatro milhões de trabalhadores das fábricas de roupas no país já perderam o emprego desde que os pedidos começaram a ser cancelados.
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