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Duas mulheres corroboram acusação de que Biden assediou funcionária em 1993

3.mar.2020 - O ex-vice-presidente Joe Biden durante evento da Superterça em Los Angeles - Frederic J.Brown/AFP
3.mar.2020 - O ex-vice-presidente Joe Biden durante evento da Superterça em Los Angeles Imagem: Frederic J.Brown/AFP

De Universa

27/04/2020 20h38

Duas mulheres ouvidas hoje pelo site Business Insider corroboraram a acusação de que Joe Biden, candidato à presidência dos Estados Unidos, abusou sexualmente de uma ex-funcionária, Tara Reade, em 1993.

"Isso aconteceu, e eu sei que aconteceu porque me lembro de falar sobre isso", disse Lynda LaCasse, vizinha de Reade na época. "Lembro dela dizendo, sobre a pessoa para quem ela estava trabalhando e o idolatrava".

"Ele a jogou na parede e colocou a mão por baixo da saia dela, colocando os dedos dentro dela. Ela sentiu como se tivesse sido agredida e realmente não achava que havia algo que pudesse fazer", acrescentou.

Já Lorraine Sanchez, que trabalhou com Reade na década de 1990, declarou que "é preciso muita coragem e força para avançar". "É muito mais fácil ficar em silêncio. No entanto, também entendo o dever que temos como mulheres de compartilhar nossa história, independentemente de quem seja o autor."

Entenda o caso

De acordo com Tara Reade, o suposto abuso teria acontecido no subsolo de um dos prédios do Senado norte-americano, em 1993. Ela afirmou que Biden a "jogou contra a parede, colocou a mão por baixo da sua saia e a penetrou com os dedos".

"Ele estava cochichando algo para mim e tentava me beijar ao mesmo tempo enquanto perguntava se eu queria ir a outro lugar. Eu me lembro de querer dizer para ele parar, mas não sei se gritei ou se apenas pensei nisso. Estava meio congelada", disse Reade em entrevista à agência de notícias "Associated Press".

Essa não foi a primeira vez que Reade acusou Biden. Em 2019, a ex-funcionária alegou que o ex-vice-presidente de Barack Obama (2009-2016) a "tocou de maneira inapropriada". A equipe de Biden, no entanto, negou as acusações.

Segundo Kate Bedingfield, diretora de comunicação da campanha do democrata, o político "dedicou sua vida pública a mudar a cultura e as leis sobre violência contra a mulher" e "acredita firmemente que as mulheres têm direito de serem ouvidas respeitosamente".

Após a desistência do senador Bernie Sanders, Biden se tornou o único candidato dentro do Partido Democrata e só aguarda a oficialização de sua vaga para enfrentar o republicano Donald Trump, que buscará a reeleição.