Elas criaram plataforma inovadora para denunciar más condutas no trabalho
Três mulheres que já passaram por situações constrangedoras em ambientes de trabalho se uniram e, cada uma com seu conhecimento, criaram uma ferramenta inovadora para ajudar empresas a resolverem problemas no ambiente de trabalho, principalmente relacionados à diversidade e inclusão.
Rafaela Frankenthal, Natalie Zarzur e Giovanna Sasso são as cofundadoras da SafeSpace, software que vai começar a funcionar entre o final de maio e começo de junho e promete ajudar a criar um lugar melhor para os funcionários trabalharem.
"Hoje o que mais existe são canais de denúncia terceirizados dentro das empresas, onde o funcionário pode ligar, em um atendimento tipo call center. Mas é um modelo desgastado, voltado mais para crime, corrupção, tem uma conotação negativa. E a maioria dos problemas que existem no ambiente de trabalho são coisas pequenas, que depois escalam. Em relação a elas, há menos queixas", explica Rafaela, em papo com Universa.
A intenção da SafeSpace é proporcionar um ambiente para que as pessoas se sintam seguras para relatar o menor descontentamento que seja, mostrando que esse incômodo será validado pela plataforma e, também, pela empresa.
"A ideia é que a gente leve conforto e segurança para que os funcionários possam relatar os problemas e, assim, fazer com que a empresa mude. Então queremos fazer da plataforma um canal positivo. Não de colocar as pessoas contra a parede nem causar conflito ou demissão, mas ajustar condutas."
Foco em diversidade e inclusão
Rafaela explica que a plataforma se dispõe a focar em diversidade e inclusão porque percebe uma preocupação das empresas nesse tema, principalmente em relação às contratações. Mas, no dia a dia, vários pequenos problemas podem ser obstáculos para que ela se torne, de fato, inclusiva.
E aí entra a colaboração dos funcionários e a inteligência por trás da plataforma. O objetivo é não apenas receber e encaminhar as queixas, mas fazer uma espécie de análise em cima delas mostrando que onde há determinado episódio, pode haver outros que passam batido.
"Se uma mulher denuncia um assédio, por exemplo, esse assediador pode ser também aquele que interrompe outras mulheres em uma reunião. Isso também precisa ser ajustado", afirma.
"As empresas gastam muito com diversidade e inclusão, mas se não sabe o problema mais latente, vão gastando o dinheiro de um jeito que não é o mais assertivo. A ideia é poder trazer o apoio educativo mas não de maneira genérica, e sim baseado no problema específico de determinado ambiente", diz Rafaela.
A ideia da SafeSpace também é desenvolver programas de treinamento direcionados. "Nossa ideia é humanizar a tecnologia", explica Giovanna.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.