Geisy Arruda e grupo "proibidão": "Sofro críticas por ser uma mulher livre"
Com selfies usando lingerie, memes sobre masturbação e dicas de fetiches, a escritora de contos eróticos Geisy Arruda segura a atenção de pouco mais de 211 mil pessoas no grupo "Proibidão da Geisy", criado no aplicativo Sparkle, da plataforma de vendas Hotmart.
A comunidade privada é um lugar "sem caretice e julgamentos", diz a descrição. O formato do aplicativo é parecido com o Instagram. Geisy publica fotos e vídeos dela mesma e os usuários, que precisam baixar e se cadastrar na ferramenta, deixam comentários com apelo sexual (quase sempre, falando sobre como ficaram excitados com o conteúdo divulgado por ela).
"Eu tenho o feeling de mexer com a cabeça das pessoas, usar a sensualidade, a transparência. Faço isso e deixo na imaginação deles, que é o que acontece também nos contos eróticos", diz Geisy para Universa. Por enquanto, o acesso ao "Proibidão", cada vez mais agitado por conta do isolamento social, é gratuito. Geisy também não ganha nada do app para postar.
O que você vai encontrar no "Proibidão da Geisy"
Destinada a maiores de 18 anos, a comunidade está dentro da plataforma em que Geisy vende seu primeiro livro, lançado em dezembro do ano passado. Ela conta para Universa que lá ela "chuta o balde", o que não pode fazer no Instagram, onde as restrições para conteúdo sensual são mais rigorosas. O cadastro no Sparkle é simples e não está atrelado à compra do livro de Geisy. Basta entrar com sua conta do Facebook ou criar um usuário, após baixar o app no celular. Geisy diz que, entre os planos, está criar um conteúdo bônus para os seguidores, com contos narrados por ela.
A maioria das publicações é de fotos sensuais: Geisy usa fantasias, compartilha registros dos ensaios sensuais que fez para revistas e faz vídeos com pouca ou nenhuma roupa.
Há ainda memes, desafios que bombam na internet e comentários sobre o prazer sexual — de homens e mulheres. Em um dos posts, Geisy usa a expressão "siririque-se" para incentivar a masturbação feminina. "Para as mulheres se aventurarem nessa quarentena, aproveite o tempo livre para conhecer o seu corpo e descobrir o que te dá mais prazer". Segundo a escritora, 70% de seu público no aplicativo é de homens.
Críticas sempre presentes
Tanto sucesso com o jeito livre de falar sobre sexo não a deixa imune de críticas, no entanto. No ano passado, por exemplo, ela perdeu seguidores no Instagram por postar fotos em que aparecia amarrada — prática sexual de BDSM. Sua trajetória pessoal é marcada por julgamento, aliás, por ter ficado famosa ao ter ido à faculdade com um vestido rosa e ter sido hostilizada por outros estudantes.
Geisy segue abordando sua sexualidade, sem se importar. "Eu estou trabalhando muito nesse período de isolamento, escrevendo meu segundo livro. E está sendo bom falar do que eu gosto e ganhar dinheiro com isso", comenta. "Agora, eu sofro com críticas desde que me entendo por gente, toda mulher livre, que paga suas contas, solteira e que não depende de homem para nada, sofre represálias".
O feed de Geisy no "Proibidão", assim, é um espaço para divulgar seminudes (não é permitida nudez explícita, segundo descrição da comunidade) e suscitar conversas mais sensuais com seus seguidores. "As pessoas se abrem comigo. Falamos de fetiche, sobre querer transar com a cunhada, com a sogra, de ser corno, de fazer ménage".
Além de ativar a excitação dos seguidores, o grupo rende boas histórias para Geisy, que diz servir de inspiração para a produção de novos contos eróticos. Ela lançou, no ano passado, o e-book "O Prazer da Vingança" e está focada na escrita de seu segundo livro de contos eróticos, com previsão de lançamento para junho.
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