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A grande conjunção de 2020: astrologia explica ano de oscilações e nova era

Astrologia interfere no nosso comportamento nesta Nova Era, dizem astrólogos: entenda - sololos/Getty Images/iStockphoto
Astrologia interfere no nosso comportamento nesta Nova Era, dizem astrólogos: entenda Imagem: sololos/Getty Images/iStockphoto

Camila Eiroa

Colaboração para Universa

07/05/2020 04h00

Helena Blavatsky, mais conhecida como Madame Blavatsky, foi uma precursora da moderna Teosofia, um conjunto de doutrinas místicas, ocultistas e filosóficas que busca respostas sobre a existência nos mistérios do universo e das divindades representadas por forças da natureza. Em 1888, escreveu em seu famoso livro "Doutrina Secreta Volume II", que viveríamos, ainda, uma influência poderosa de conjunções astrológicas futuramente.

"A rara conjunção de Saturno, Júpiter e Marte tem seu significado e importância por causa das especiais repercussões que provoca na Índia e na China, como também na Europa, para os místicos desses países", citou a autora. Seu trabalho é, até hoje, objeto de estudo de muitos espiritualistas pelo mundo e muitos astrólogos se dedicam a entender a movimentação dos astros e influência de trânsitos como o da obra de Blavatsky.

Dentro disso, 2020 é o palco dessa grande movimentação rara de astros citada na obra teosófica. Segundo o astrólogo e numerólogo Maurício Bakkar, a conjunção começou, na verdade, em novembro de 2019. "Saturno e Plutão começaram a ficar alinhados no céu no dia 8 de novembro. No dia 19 de fevereiro de 2020, outro astro se juntou a este alinhamento: Júpiter. Já no dia 8 de março de 2020, Marte chegou para fechar esta grande conjunção rara em Capricórnio."

Conjunção astrológica de 2020

Uma conjunção acontece quando mais de um planeta se encontra no mesmo signo. Maurício conta que Plutão está retrógrado desde o dia 25 de abril e temos, com isso, uma continuação desse aspecto astrológico, mas de maneira diferente. No dia 11 de maio, Saturno entra em retrogradação e, no dia 14, Júpiter. Retrogradação é quando um planeta faz movimento aparente para trás, colocando todos os aspectos que rege em revisão.

Revisão de valores

"Do final de abril até o início de outubro, vamos precisar fazer uma grande revisão de valores. Destes três astros, dois já estão em Capricórnio, o que nos mostra que devemos reavaliar a relação que temos com o tempo e como lidamos com as estruturas das cidades, da organização social. Capricórnio é regido por Saturno, o grande senhor do carma. Isso também demonstra que é um momento de colher o que vem sendo plantado", explica o astrólogo.

Nova Era versus Pandemia

Segundo Nilton Schutz, astrólogo e espiritualista, começamos a ser preparados para este momento em 2008, com a entrada de Plutão em Capricórnio. "Por ocorrer em um signo de elemento terra, a parte mais afetada é a de crenças e estruturas. Economia, profissão e missão entram em xeque e todos esses pontos estão sendo questionados. Você realmente está fazendo algo que contribui coletivamente para um mundo melhor?", questiona.

Para Schutz, tudo isso nos move para uma nova visão. Porém, dizer que é o começo de uma nova era pode ser muito forte e contundente. O astrólogo acredita que entramos em um novo ciclo para a humanidade despertar. Com esse despertar, podemos criar uma era mais fraterna e coletiva, em que todos contribuem para a evolução do mundo. "Essa é a verdadeira fraternidade, a que todos os grandes mestres sempre quiseram que a humanidade realizasse", diz.

A Nova Era já começou

Maurício Bakkar frisa que a nova era já começou, o que a conjunção traz é uma nova relação das pessoas com o tempo e com o todo. Ele acredita que estamos numa era de consumismo e materialismo muito forte e, citando a pandemia, diz que podemos tirar de lição o aviso de que não estamos no caminho certo. É preciso buscar estar o alinhamento com as leis da natureza.

"Fazendo um link direto com a pandemia, uma das tendências negativas de Capricórnio é a frieza. É interessante observar que, neste momento, precisamos exercer o distanciamento e o isolamento social. Portanto, é um período que ficará conhecido como aquele em que a humanidade precisou ficar mais 'fria' para não prejudicar o todo. A principal lição é a de ter mais consciência sobre as estruturas da vida e olhar com mais atenção para as pessoas."

Já para Nilton Schutz, a grande sacada é pensarmos coletivamente e aceitarmos as transformações. "Como disse Einstein, não adianta esperarmos outros resultados, agindo da mesma forma. A era de Aquário, de humanitarismo, fraternidade e humanidade, nos pede para pensarmos como uma energia única, sem distinções de padrões. É preciso aceitar essas transformações e, principalmente, colocá-las de uma forma efetiva e realizadora para que o mundo seja melhor."