Casal homoafetivo oficializa adoção de filho em videoconferência com juíza
Chad e Paul Beanblosson são, oficialmente, pais de um garoto de 17 anos. O casal homoafetivo oficializou a adoção do adolescente Michael no início de maio, nos Estados Unidos, através de uma videoconferência com a juíza no aplicativo Zoom.
Afinal, o estado do Tennessee ainda toma cuidados relacionados ao novo coronavírus, como as conhecidas medidas de isolamento. Ir a uma audiência presencial era algo fora de cogitação neste momento, e Chad, Paul e Michael não queriam esperar mais para serem uma família.
Ao longo dos últimos cinco anos, Michael viveu em nove casas diferentes, fugiu de algumas e passou a ser considerado como um jovem "de alto risco". Chad e Paul conseguiram mudar esta história de vida: "Ele [Michael] pode não ser perfeito, mas é perfeito para nós."
A cerimônia com a juíza no Zoom contou com a participação de 80 amigos e familiares do casal, que comemoraram muito esta conquista. Michael começou a morar com Chad e Paul em outubro, quando foi iniciado um período de adaptação.
"Este jovem rapaz mudou muito as nossas vidas para melhor, e eu sei que aprendi muito com ele. A adoção foi conduzida pelo Zoom, e a juíza disse que foi a maior adoção que já fez virtualmente em toda a carreira", escreveu Chad no Facebook.
"Ele simplesmente chegou e conquistou nossos corações. Ele nos ensinou muito mais do que nós ensinamos a ele. O nosso mundo inteiro gira em torno do Michael agora", emocionou-se Chad em entrevista ao programa "Good Morning America", da ABC.
Em abril, a família se fortaleceu ainda mais após um incêndio destruir a casa em que moraram e os pertences que tinham. "Nós conseguimos passar por uma catástrofe e ainda continuamos juntos, unidos como uma família", disse Paul. "É difícil imaginar nossa vida sem ele".
Antes da pandemia do coronavírus, que limitou as atividades da família, o casal foi pescar com Michael e até o levou para o primeiro jogo de futebol americano da vida dele. Paul tem três filhos biológicos, e ele e Chad já são avós.
No entanto, há uma nota triste para esta história que, para muitos, seria motivo de esperança: no Facebook, Paul e Chad relatam que têm recebido ameaças de morte com teor homofóbico desde que adotaram Michael.
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