"Nossa vida não é reality show", dizem pais de Bel em comunicado à imprensa
Mauricio e Fran, pais da youtuber Bel, 13, divulgaram uma nota hoje para comentar as acusações de internautas e seguidores de forçarem a participação da garota em vídeos de conteúdo controverso. Na terça-feira, a hashtag #SalvemBelParaMeninas ficou entre as mais comentadas das redes sociais.
A Universa, os responsáveis por Bel encaminharam um e-mail afirmando que o conteúdo produzido por eles não é equivalente ao de um reality show, na qual a família se expõe completamente. "Pelo contrário, escolhemos os conteúdos que publicamos. Muitas das histórias são de ficção, criadas por nós dentro da temática que abordamos".
Os pais de Bel também ressaltaram que não pretendem falar com a imprensa. "Optamos, portanto, em proteger os nossos filhos, fundamentando nossas ações no Estatuto da Criança e do Adolescente e não vamos participar de programas sensacionalistas — como estamos sendo pressionados a fazer", disseram, reforçando que pretendem continuar postando os conteúdos de forma controlada, "como sempre fizeram".
Leia o comunicado na íntegra:
"Um dos maiores problemas discutidos na internet versa exatamente sobre danos contra a honra, que são entendidos como injúria, calúnia e difamação, principalmente por meio das redes sociais. Circunstâncias nas quais a veracidade de determinados fatos veiculados nas redes acabam tendo menos importância do que as crenças pessoais, crenças nas quais as pessoas fundamentam suas ações e manifestações, especialmente de críticas, denúncias e acusações, que têm por base a sua própria visão de mundo, pelo que tentam impor o seu discurso ao outro, muitas das vezes baseado em inveja, ódio e preconceito.
O sensacionalismo é praticado por alguns veículos de comunicação com o intuito de aumentar a sua audiência através do exagero ou distorções na cobertura de determinado acontecimento.
Em uma sociedade extremamente dinâmica e concorrente, reina a máxima do "tempo é dinheiro", sendo a informação repassada ao público, muitas vezes, de forma descuidada e descompromissada com a verdade e a seriedade.
Parece que a verdade não mais norteia as relações com o telespectador, leitor ou ouvinte, importando, para alguns, a notícia a qualquer preço, mesmo que ela seja falsa.
Hoje em dia a informação é comprada e vendida com o principal objetivo de se obter lucros, sendo movimentada em função das exigências do mercado e da concorrência, onde o ganho é o princípio norteador da mídia sensacionalista.
Ou seja, para parte da mídia, o mais importante não é a verdade da informação, mas a possibilidade de renda a partir da informação, seja ela verdadeira ou falsa.
Tendo isso em mente, cumpre ressaltar que a nossa família é responsável por diversos canais de comunicação, que somam cerca de 14 milhões de seguidores.
Dito isso, por meio de nossos canais passamos a publicar conteúdos controlados, vez que não se trata de um reality show onde estaríamos 100% expostos. Pelo contrário, nós escolhemos os conteúdos que publicamos, muitas das estórias são de ficção criadas por nós dentro da temática que abordamos. Não se trata de expor a nossa relação interpessoal e familiar, mas se trata de expor certos acontecimentos nas hipotéticas relações interpessoais familiares em geral, nas quais eventualmente nos incluímos.
No meio de uma situação de calamidade pública, onde nossa família estava em quarentena em casa, hoje fomos obrigados a receber quatro pessoas dentro de nossa casa com o intuito de tratar das reportagens sensacionalistas divulgadas nas emissoras Record e SBT. Nosso local de moradia foi maculado por parte da mídia, que se postou em frente à nossa residência.
Saímos de nossa situação de paz em família e estamos sendo obrigados a tomar atitudes contra falsas acusações que estão ocorrendo contra nosso nome.
São cerca de OITO ANOS de conteúdo. Dentro desse contexto, são milhares vídeos e interações que escolhemos expor ao nosso público.
Optamos, portanto, em proteger os nossos filhos, fundamentando nossas ações no Estatuto da Criança e do Adolescente e não vamos participar de programas sensacionalistas - como estamos sendo pressionados a fazer. Na realidade, esse é o objetivo desses canais, e a nossa participação nesses programas faria com que tais veículos aumentassem ainda mais a sua audiência, à custa de nosso sofrimento.
Vamos continuar expondo nosso conteúdo controlado como sempre fizemos, respeitando nossos seguidores.
O que for inerente à intimidade de nossa família, como o que está sendo nesse momento exposto por determinada parte da impressa de forma descuidada e irresponsável, será tratado pelos meios adequados, judiciais e administrativos, responsabilizando aqueles que estão usando nossos nomes e colocando em risco a segurança de nossa família para objetivos pessoais e profissionais menos nobres, tal como para aumentar sua audiência em programas jornalísticos, tudo em detrimento e as custas de nossa paz familiar".
Relembre a polêmica
Juntos, os canais canais "Bel" e "Fran Para Meninas" somam 13 milhões de inscritos no YouTube. Recentemente no Twitter foi levantada a possibilidade de que os responsáveis por Bel estariam forçando a participação dela nos vídeos devido a postagens consideradas polêmicas ao longo da sua infância.
Em uma delas, intitulada "Bel sendo levada pela correnteza", de 2015, a menina é filmada por um dos adultos enquanto está no mar, parecendo estar com a água até a altura do queixo. No fim do vídeo um adulto lhe estende a mão e a criança explica que foi apenas uma brincadeira para alertar sobre os perigos do afogamento. Em outro, também gravado anos atrás, ela participa de um "desafio" e vomita ao experimentar uma comida de gosto ruim estimulada pela mãe.
Em vídeo recente, Fran pede para que os seguidores participem de uma enquete para escolher qual das bolsas Bel deve usar na escola, mesmo ela pedindo para usar o acessório do qual gosta mais.
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