Thelma comenta ataques racistas em live: 'Chegou ao limite para mim'
Thelma Assis, vencedora do "BBB 20", compareceu ao "Encontro com Fátima Bernardes" para falar sobre os ataques racistas que recebeu durante uma live ao lado de Luanda Vieira, editora de moda da "Glamour", no começo da semana.
"Em todas as lives que eu faço, praticamente, eu sofro algum tipo de injúria racial. E nesta live, especificamente, nós estávamos falando exatamente sobre racismo, e bem neste momento chegou ao limite para mim, foi totalmente desagradável", relembrou Thelma.
"Estávamos falando da importância do assunto, que o nosso país ainda tem racismo enraizado. Aí eu tive que pedir licença às pessoas que estavam acompanhando a live, pedindo que denunciassem os perfis que estavam cometendo essa atrocidade", disse.
"Eu acho que, nessas situações, o que a gente tem que fazer é pontuar que é uma atitude criminosa, e que a gente tem que ir atrás dos nossos direitos. É o que eu estou fazendo", completou.
Ataques durante o 'BBB'
Thelma ainda falou sobre sua convivência com o racismo antes e durante a participação no reality show da Globo.
"Eu acho que como mulher preta no Brasil é impossível não ter vivenciado uma situação de racismo. Ao entrar no reality show, eu sabia que estaria exposta, e é lógico que a gente entende que receberemos críticas. Crítica é uma coisa, ofensa e injúria racial é inaceitável", contou.
"Inclusive, quando eu estava lá dentro da casa, eu fui exposta a situações de injúrias raciais. Acho até mais covarde, porque eu estava lá dentro, não poderia me defender", comentou ainda.
Efeitos das injúrias
Thelma comentou que injúrias racistas podem desestabilizar emocionalmente os indivíduos que são alvos delas. A ex-BBB disse que quer usar a sua visibilidade para realçar a luta contra o preconceito e fortalecer a noção de que este tipo de ataque é criminoso.
As atitudes racistas sempre acontecem na tentativa de nos rebaixar, nos desestabilizar emocionalmente. Mas essas pessoas não tem conseguido fazer isso — felizmente, eu sou uma pessoa muito forte. Eu acho que a força já faz parte da pessoa que é preta no nosso país, de tantas cicatrizes que nós temos"
"A gente tem que buscar cada vez mais atitudes antirracistas. A gente tem que denunciar, se posicionar, para que as futuras gerações não tenham que passar pelo que passamos há anos. Situações tão primitivas, do século passado, século retrasado", disse ainda.
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