Democratas apresentam projeto para permitir que gays doem sangue nos EUA
Parlamentares do Partido Democrata apresentaram um projeto que pretende autorizar homens homossexuais e bissexuais a doar sangue nos Estados Unidos. Hoje, eles precisam estar há três meses sem praticar relações sexuais caso queiram fazer uma doação.
A proposta foi feita pelos congressistas Alexandria Ocasio-Cortez, Adam Schiff, Barbara Lee e Carolyn Maloney. A ideia é inserir critérios científicos com uma abordagem individual para evitar uma discriminação total contra homens que tenham mantido relações homoafetivas.
A restrição a gays para doação de sangue foi instaurada nos Estados Unidos em 1983, durante a crise do HIV. Desde então, homens que praticam relações homoafetivas têm sido vistos como grupo de risco e foram proibidos de doar.
Em 2015, durante o governo de Barack Obama, foi instaurada uma obrigatoriedade de um ano de celibato para que homens pudessem doar sangue. Em abril, esse período caiu para 3 meses.
"Enquanto diminuir o período de celibato para homens gays e bissexuais é um bom primeiro passo, é necessário que a FDA [Food and Drug Administration, agência americana que regula alimentos e remédios] avance no sentido de analisar os potenciais doadores pelo risco individual, em vez desse celibato vazio", disseram Maloney e Ocasio-Cortez em declaração conjunta.
"A política que falhar em fazer isso perpetua o estigma e falha em garantir que todas as pessoas que podem doar de forma segura nos Estados Unidos tenham a oportunidade de fazê-lo", afirmaram.
Na opinião de Adam Schiff, essa regra é antiquada e a crise do novo coronavírus demanda mudanças.
"Nosso país enfrenta uma escassez de sangue severa, que tem sido exacerbada pela pandemia", afirmou. "Agora, mais do nunca, nós precisamos remover qualquer impedimento desnecessário que evite americanos de doar sangue para ajudar a salvar vidas."
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