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Youtuber que devolveu filho autista nos EUA será investigada

Em fevereiro, Myka já havia feito publicações falando sobre as dificuldades de se lidar com o autismo - Reprodução/Instagram @mykastauffer
Em fevereiro, Myka já havia feito publicações falando sobre as dificuldades de se lidar com o autismo Imagem: Reprodução/Instagram @mykastauffer

De Universa, em São Paulo

04/06/2020 11h22Atualizada em 05/06/2020 15h20

Uma investigação sobre o bem-estar de menino autista adotado pela youtuber americana Myka Stauffer foi aberta. O Gabinete do Xerife do Condado de Delaware, no estado de Ohio, confirmou a informação ao portal E!.

Depois de fazer sucesso no YouTube fazendo vídeos sobre o processo de adoção de um menino autista trazido da China, Myka e seu marido James decidiram entregar o filho para uma nova família.

Na ocasião, ele disse em vídeo no canal do casal que Huxley, a criança autista trazida da China, tinha uma série de necessidade especiais, as quais eles não sabiam até a chegada dele em casa.

O episódio acendeu o debate sobre os direitos de imagem da criança, já que o menino teve a vida documentada no YouTube por uma família que não é mais a sua. Myka, por sua vez, teve sua ética questionada por fãs que viram seu canal explodir muito por conta da história do processo de adoção internacional.

Tracy Whited, responsável pelo departamento de comunicação do Gabinete do Xerife do Candado de Delaware, disse ao E! que recebeu várias denúncias a respeito de uma criança local colocada para adoção.

"Nossa primeira preocupação é com o bem-estar dessa criança, assim como das outras crianças da família", declarou. "Nossa investigação está em curso e incluirá um contato com todas as crianças para garantir a segurança delas", afirmou.

Os casos de adoção são tratados em regime de confidencialidade, com um processo minucioso, e devem ser analisados tanto os novos pais adotivos quanto a família de Myka. "Isso inclui estudos em casa, bem como verificações de antecedentes dos pais adotivos. Nesse caso, estamos confiantes de que o processo apropriado está ocorrendo", explicou.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Uma versão anterior deste texto afirmava incorretamente no 1º parágrafo desta matéria que o Condado Delaware em que reside a família Stauffer fica no estado de Ohio, e não na Pensilvânia. A informação já foi corrigida.