Caso Maria Eduarda: Suspeito de matar e estuprar adolescente é detido em MG
O corpo da adolescente Maria Eduarda Aparecida Silva, de 15 anos, foi encontrado pela polícia ontem em um matagal em Formiga, região centro-oeste de Minas Gerais. Maria Eduarda estava desaparecida desde a última terça-feira (2) quando saiu de casa para encontrar com um amigo, por volta das 19h. Um homem de 26 anos, que não teve a identidade divulgada, foi detido na manhã de hoje suspeito matar a adolescente.
Segundo a Polícia Civil, Maria Eduarda foi assaltada por um usuário de drogas quando seguia para uma praça onde encontraria um adolescente da mesma idade que ela com o qual tinha um relacionamento amoroso. O suspeito teria obrigado a adolescente a entrar em uma mata, onde ela foi estuprada e estrangulada até a morte.
A polícia conseguiu chegar até o suspeito após verificar câmeras de segurança próximas ao local do crime. O homem foi preso na manhã de hoje em uma padaria da cidade. Segundo o delegado Luís Paulo Oliveira, da delegacia de Crimes Contra Pessoa, o homem confessou o crime, disse que não conhecia a adolescente e escolheu a vítima de forma aleatória.
"As imagens mostram a vítima andando sentido a praça do Tiro de Guerra e minutos depois o suspeito aparece atrás dela. Essas imagens foram primordiais na identificação dele. Ao ser preso ele confessou que não conhecia a adolescente e que decidiu segui-la. Ele afirmou que deu uma gravata até a Maria Eduarda cair desacordada. Depois ele pegou a blusa dela e a estrangulou", explica o delegado.
Ainda segundo a polícia, o suspeito é morador de ruas e é conhecido por cometer pequenos furtos na cidade.
"Ele havia vendido o celular da vítima para um terceiro em troca de drogas. Como ele não tem residência fixa foi mais complicado de encontrá-lo, mas hoje pela manhã conseguimos a sua localização e ele foi preso", acrescenta Oliveira.
O homem vai responder pelos crimes de latrocínio, com pena de 12 até 30 anos de prisão, e estupro, com pena de 6 a 12 anos.
Desaparecimento
A mãe da jovem acionou a Polícia Militar na última quarta-feira (03) para registrar o desaparecimento de Maria Fernanda. Na ocasião, ela relatou que a filha havia saído de casa por volta das 19h30 de terça e que havia ficado combinado que a adolescente voltaria até as 22h30.
Segundo a polícia, a mãe explicou que, como a jovem sempre obedecia o horário estipulado, ela não se preocupou e foi dormir. Ao sair para trabalhar no dia seguinte, ela pensou que a adolescente estava em casa dormindo e saiu para trabalhar. Ao retornar do trabalho, a mãe notou que a menina não estava em casa. Ela tentou entrar em contato com a jovem, mas o celular estava desligado.
Menina tranquila e sem maldade
A madrinha de Maria Eduarda, Lorena Brito, de 34 anos, conta que a família está em choque com o ocorrido. Segundo ela, a adolescente sempre foi uma menina humilde e que não via maldade nas pessoas.
"Ela era uma menina humilde, meiga e iluminada. Não tinha maldade nenhuma e acabou perdendo a vida nas mãos de um monstro", diz.
Ainda segundo Lorena, a prisão do suspeito não ameniza a dor da família, mas conforta por saber que a justiça está sendo feita.
"É um momento de dor, desespero e angustia. Nenhum sofrimento que ele vier a passar na cadeia vai trazer a Maria Eduarda de volta. Mas o justo é ele estar preso em respeito a ela e a outras mulheres que poderiam ser vítimas dele também", desabafou Lorena.
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