Nigéria declara estado de emergência por estupro após onda de protestos
Os governadores dos 36 estados da Nigéria resolveram declarar estado de emergência por estupro após uma onda de violência sexual contra mulheres no país, diz o site da rede americana de notícias CNN.
De acordo com o Fórum do Governador da Nigéria (NGF), após reunião realizada esta semana, foi pedido aos estados que estabeleçam um registro de criminosos sexuais e que assinem duas leis federais que punem o estupro e a violência contra mulheres e crianças.
O Fórum também convidou os chefes de polícia do país a informar os governadores sobre os esforços que estão fazendo para combater a violência sexual e de gênero na Nigéria, disse Kayode Fayemi, presidente da NGF, em um comunicado.
O fórum existe para promover a colaboração entre os governadores executivos do país em questões de política pública e para promover a boa governança, afirma em seu site.
Revolta após casos brutais de estupro
A declaração de estado de emergência ocorre em meio à revolta de grupos de defesa dos direitos das mulheres e pedidos de justiça após o estupro brutal de duas estudantes.
O país vem passando por uma série de incidentes violentos contra mulheres em vários locais, nas últimas semanas.
A estudante Uwaila Omozuwa morreu no fim de maio, alguns dias depois de ser atacada enquanto estudava em uma igreja na cidade de Benin. Sua família disse à CNN que ela foi estuprada, e a polícia afirmou que seus agressores a atingiram com um extintor de incêndio durante o crime.
Outra universitária, Barakat Bello, foi estuprada e morta durante um ataque em sua casa em Ibadan, no dia 1º de junho, segundo o grupo de direitos humanos Anistia Internacional.
Os nigerianos foram às ruas, em todo o país, para exigir ações urgentes contra o estupro e justiça para as vítimas, enquanto a Anistia exigiu do governo nigeriano que declarasse uma "crise nacional" por estupro.
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