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Ativista do Black Lives Matter some após tuitar que havia sido assediada

A ativista Oluwatoyin Salau, em sua foto de perfil no Twitter - Reprodução/Twitter
A ativista Oluwatoyin Salau, em sua foto de perfil no Twitter Imagem: Reprodução/Twitter

De Universa, em São Paulo

12/06/2020 15h07

Oluwatoyin Salau, uma ativista afiliada ao movimento Black Lives Matter em Tallahassee (EUA), está desaparecida desde o último sábado após tuitar que havia sofrido assédio sexual. De acordo com o jornal local Tallahassee Democrat, a polícia e os colegas manifestantes de Salau continuam realizando buscas pela cidade.

Em uma longa série de tuítes às 16h do dia 6 de junho, a ativista disse que um homem negro dirigindo uma caminhonete branca do modelo Chevrolet Silverado a parou na rua e ofereceu carona até uma igreja próxima, onde ela havia deixado vários de seus pertences.

Salau contou, na rede social, que havia se refugiado na igreja para "escapar de condições de moradia injustas". Os tuítes seguem explicando sua situação, dizendo que ela já sofreu assédio sexual antes, apresenta sintomas de estresse pós-traumático e tem problemas de visão.

O homem em questão, segundo a ativista, "fingiu ser alguém religioso" e a levou até a casa dele. Agindo de forma inicialmente respeitosa, ele ofereceu o seu banheiro para que ela tomasse um banho quente.

Quando ela saiu do banho e se deitou, já vestida, ele se aproximou dela e ofereceu uma massagem. Salau conta nos tuítes que suas memórias a partir daí são difusas, mas que se lembra dele tirando a própria roupa e, quando finalmente voltou a si, o homem estava dormindo nu ao seu lado.

A ativista não postou nada em suas redes sociais desde então, e tampouco foi vista pelos amigos. "Eu estou muito nervosa por ela", disse Jesula Jeannot, que conheceu Salau recentemente em um dos protestos.