Mudanças climáticas podem aumentar riscos na gravidez, diz estudo
Um estudo publicado hoje na JAMA Network Open, parte do Journal of American Medical Association, mostra que a exposição a mudanças climáticas e poluição aumentam os riscos de problemas durante a gravidez — e a população negra é a mais afetada.
A pesquisa analisou 57 estudos publicados a partir de 2007, que somados levam em conta mais de 32 milhões de nascimentos nos Estados Unidos.
De acordo com o estudo, alguns dos fatores relacionados aos problemas na gravidez são exposição ao calor, à poluição por material particulado (chamado PM 2,5) e à poluição por ozônio. Mulheres que passaram a gravidez nessas condições têm maior probabilidade de ter filhos prematuros, com baixo peso ou natimortos.
A pesquisa aprofundou estudos anteriores sobre os efeitos do aquecimento global sobre as minorias: em 77% dos artigos sobre a correlação entre poluição do ar e nascimentos prematuros, por exemplo, mulheres negras são o principal grupo de risco.
Na conclusão da publicação, os autores ressaltam que "médicos podem adotar um papel mais ativo para educar os representantes eleitos responsáveis pelas políticas públicas, e insistir em ações efetivas para cessar a crise climática".
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