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Mulher morre após ser esfaqueada dentro de carro; ex é o principal suspeito

Jennifer Kubiaki Graboski foi assassinada em Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre - Reprodução/redes sociais
Jennifer Kubiaki Graboski foi assassinada em Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre Imagem: Reprodução/redes sociais

Hygino Vasconcellos

Colaboração para Universa, em Porto Alegre

24/06/2020 14h59

A motorista de aplicativo Jennifer Kubiaki Graboski, 25 anos, morreu ontem após ser esfaqueada dez vezes na região do tórax em Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Ela tinha acabado de deixar uma passageira em um posto de combustíveis quando um homem entrou no banco do carona e passou a desferir os golpes. A polícia trabalha com a hipótese de feminicídio.

De acordo com a delegada Karoline Callegari, o principal suspeito do crime é o ex de Jennifer, Richard Adriano. Ele ainda não localizado. "Ele a estava seguindo de motocicleta. A passageira viu o agressor entrando no veículo e depois ela se afastou. Ela não viu o momento das facadas", disse a delegada em entrevista a Universa.

Antes de fugir, o suspeito deixou no local a faca e o capacete. A motocicleta foi encontrada próxima à ponte do Guaíba, entre Porto Alegre e Eldorado do Sul. Jennifer deixa uma filha de três anos do relacionamento com Richard, que agora está aos cuidados de parentes.

Jennifer conseguiu na Justiça no mês passado uma medida protetiva contra ele Richard. "Ela registrou ocorrência dizendo que ele tinha causado lesão corporal nela. E que não teria sido a primeira vez", diz a delegada. Desde então, o casal estava separado, mas segundo a polícia Richard não aceitava o fim do relacionamento. "Ele havia dito para familiares que se ela não voltasse para ele num determinado prazo ele iria matá-la e cometer suicídio depois", completa a delegada.

A vítima estava sendo acompanhada pela Patrulha Maria da Penha da Brigada Militar e, na última quinta-feira (18), informou que o ex estava respeitando o distanciamento. "É um crime que deixa a gente muito decepcionado, chateado. Guaíba tem articulação bem forte da rede proteção da vítima de violência. Como o feminicídio é muito complexo, carregado de sentimentos de ódio, raiva, suicida, e de machismo, infelizmente algumas tragédias acontecem. Fatos nos desafiam para aumentar o espectro de proteção às vítimas", afirma Karoline.