Stonewall, bar que foi berço do movimento LGBTQ+, pode falir na pandemia
O Stonewall Inn, um bar em Nova York que é considerado o berço do movimento por direitos LGBTQ+ nos EUA, pode falir por causa da pandemia do novo coronavírus, que obrigou estabelecimentos de todos os tipos a permanecerem fechados por vários meses, sem faturar.
Os proprietários e frequentadores do bar criaram duas "vaquinhas virtuais" em resposta ao problema: uma que busca arrecadar US$ 50 mil para manter o local aberto; e outra que quer reunir US$ 60 mil para continuar pagando os funcionários do Stonewall durante o período de fechamento.
"Assim como muitas famílias e negócios, estamos com dificuldades. Mesmo em condições normais é difícil manter um negócio pequeno como o nosso aberto, e neste momento enfrentamos ainda mais incerteza. Mesmo quando reabrirmos, provavelmente será sob condições restritas, o que vai limitar nossas possibilidades de lucro", explicaram os donos em comunicado no site oficial.
"Nós já tivemos que ressuscitar o Stonewall Inn uma vez, quando ele foi fechado, e estamos dispostos a fazer isso de novo. Vamos trabalhar diligentemente para que o nosso bar continue sendo um local seguro para a comunidade, e um epicentro de organização ativista em torno da causa LGBTQ+", completaram.
História
O Stonewall Inn está envolvido com a própria criação do mês do orgulho LGBTQ+, celebrado ao redor do mundo em junho. O mês foi escolhido por causa da revolta que ocorreu no bar nova-iorquino em 28 de junho de 1969, quando a polícia tentou invadir o local e prender os clientes.
Naquela época, não era incomum os policiais de Nova York invadirem estabelecimentos LGBTQ+ e tratarem as pessoas que encontrassem lá dentro com brutalidade. Naquela noite, no entanto, os clientes do Stonewall Inn revidaram.
Liderados por mulheres transgênero negras e latinas, como Marsha P. Johnson e Sylvia Rivera, os frequentadores do local atiraram tijolos e enfrentaram a polícia. O incidente serviu de "combustível" para os primeiros protestos organizados por direitos das pessoas LGBTQ+ nos EUA.
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