Como acusa Mayra Cardi: traição pode ser característica de relação abusiva?
Relações abusivas costumam ser marcadas por violências de diferentes tipos: ciúmes, manipulação, agressões verbais ou físicas. No entanto, outra característica também pode fazer parte deste tipo de envolvimento afetivo: a traição.
Esse foi um dos tópicos abordados pela influenciadora e empresária Mayra Cardi nas redes sociais da manhã de hoje (26). Ela postou um vídeo acusando o ex-marido, Arthur Aguiar, pai de sua filha Sophia, de 1 ano, de traí-la e de manipulá-la durante o período que estiveram juntos. Até o fechamento da matéria, Arthur não havia se manifestado sobre a gravação.
A psicanalista Andrea Ladislau explica por que a infidelidade pode caracterizar envolvimentos nos quais uma das partes é mais vulnerável do que a outra. "É um comportamento de abuso da confiança, falta de transparência e pode levar a um ciclo nocivo", afirma.
Este ciclo, no entanto, só acontece se a pessoa traída estiver com a autoestima fragilizada. "Nesse caso, por diferentes motivos, como o medo de ficar sozinha, carência, apego ou dependência do parceiro, a pessoa aceita continuar com o outro, ainda que interprete o ato como ofensivo ou desrespeitoso."
Uma brecha que leva à outras
Andrea alerta para o perigo por trás desta dinâmica: a permissividade. "Se a pessoa permite um comportamento inadequado ou nocivo, isso abre espaço para que o parceiro não apenas repita os atos, como também intensifique o nível de desrespeito. Ele cresce e ganha cada vez mais poder em uma relação que deveria ser de troca e igualdade."
Por isso outras características de relações abusivas podem entrar em jogo, como excesso de cobranças; ciúme que visa controlar o que a outra pessoa veste, com quem anda e que tipo de decisões toma; discussões com xingamentos e, nos casos mais graves, até agressões físicas.
Amor-próprio e limites bem estabelecidos
A psicanalista elenca dois pontos essenciais para uma mudança verdadeira nas relações: entender o funcionamento de um romance saudável e fortalecer a autoestima. "Primeiro é preciso entender o próprio papel na relação, que deve ser de parceria, respeito, harmonia e satisfação", detalha. Não é benéfico, por exemplo, se esforçar demais para manter o outro do lado ou acreditar que é capaz de mudar seus hábitos e valores.
Por fim, Andrea cita o amor-próprio como remédio para a infelicidade na relação. "Quando a pessoa tem consciência de si mesma, de suas qualidades e defeitos, ela aprende a respeitar os próprios limites de convivência. "E passa a não se calar diante da falta de compatibilidade nas ações, investindo no diálogo franco na busca pela harmonia conjugal", garante. Isso inclui, inclusive, colocar um ponto final nas situações que não julga como satisfatórias. Ou seja: somente quando as duas partes conseguem se respeitar é que o vínculo é capaz de se estabelecer e manter de maneira saudável.
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