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Mulher de 51 anos aceita gestar a própria neta para filha infértil

"Minha mãe quer ser avó tanto quanto eu quero ser mãe, então ela está fazendo todo o possível", conta Breanna Lockwood - Reprodução/Instagram
"Minha mãe quer ser avó tanto quanto eu quero ser mãe, então ela está fazendo todo o possível", conta Breanna Lockwood Imagem: Reprodução/Instagram

De Universa, em São Paulo

26/06/2020 16h02

Após quatro anos assistindo às tentativas da filha de engravidar, Julie Loving tomou uma decisão corajosa: aos 51 anos de idade, se voluntariou como barriga solidária e está gestando a própria neta.

A filha de 29 anos, Breanna Lockwood, decidiu ter um filho logo após se casar, em 2016. Seu avô tinha uma doença terminal, e ela queria que ele conhecesse o bisneto. No entanto, após um ano sem sucesso, Breanna marcou uma consulta com um especialista em fertilidade.

Ela explorou diversas alternativas: fez múltiplas fertilizações in vitro e uma série de cirurgias. Ela chegou a engravidar algumas vezes — em uma delas, de gêmeos —, mas todas acabaram em abortos espontâneos.

Após dois anos, o médico sugeriu que ela considerasse uma barriga solidária, já que seus óvulos eram saudáveis mas seu útero não sustentava a gestação.

Ele deu a ideia de pedir que uma amiga ou alguém da família carregasse o bebê, já que uma barriga de aluguel pode custar até US$ 100 mil (cerca de R$ 545 mil). Mas Breanna não precisou pedir — a mãe se voluntariou:

"Quando ela perdeu os gêmeos, eu comecei a conversar com ela a respeito. A princípio, ela foi contra e achou que eu estava louca, mas eu continuei insistindo", relembra Julie em entrevista ao programa Good Morning America.

Ela afirma que já correu 19 maratonas e que as gestações de seus filhos foram tranquilas. Por isso, se sentiu apta para o trabalho, em termos de saúde. Os médicos confirmaram: apesar de uma gravidez aos 51 anos de idade geralmente ser considerada de risco, Julie passou em todos os exames.

"Sinto que minha mãe é o mais próximo que [o bebê] pode estar de mim sem estar no meu corpo. Minha mãe quer ser avó tanto quanto eu quero ser mãe, então ela está fazendo todo o possível", conta Breanna.

O bebê deve nascer no dia 12 de novembro. Questionados sobre se pretendem contar à filha sobre a história de sua gestação, Breanna e o marido afirmam que vão dizer a verdade: que ela "era tão querida que fizemos tudo o que podíamos para trazê-la ao mundo".