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Homem é suspeito de matar namorada e chamar amiga para tentar reanimá-la

Delegacia de Defesa da Mulher - Divulgação/Governo do Estado de São Paulo
Delegacia de Defesa da Mulher Imagem: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo

Rafaella Martinez

Colaboração para Universa, em São Vicente

03/07/2020 18h00

A Polícia Civil prendeu na noite de quarta-feira (1º) um homem de 38 anos acusado de esganar e matar a namorada, a auxiliar de enfermagem Stephanie Oliveira Barbosa, de 28 anos, em Praia Grande, no litoral de São Paulo. De acordo com o Instituto Médico Legal (IML), a vítima foi morta por asfixia mecânica e o caso, registrado inicialmente como morte suspeita, passou a ser investigado como feminicídio.

De acordo com a delegada titular da Delegacia de Defesa da Mulher de Praia Grande, Lyvia Bonella, a polícia foi acionada para o apartamento da jovem, no bairro Ocian, na última sexta-feira (26), para atender a uma ocorrência de óbito. No local, estavam o namorado e uma amiga que trabalhava no mesmo hospital que Stephanie. Ela teria sido chamada pelo suspeito para tentar reanimar a vítima.

O namorado afirmou aos policiais que encontrou Stephanie inconsciente na cama e tentou fazer massagem cardíaca, acionando então a amiga dela para tentar reanimá-la.

"A perícia apontou, nesse primeiro momento, que não havia sinal de violência no apartamento, apesar de inconsistências no depoimento do suspeito, que optou, por exemplo, em chamar uma amiga da vítima ao invés de acionar imediatamente o SAMU", destaca a delegada.

Questionados, os vizinhos disseram não ter ouvido qualquer discussão no dia da morte de Stephanie, mas o irmão, com quem ela dividia o apartamento relatou que o casal teve uma briga na noite anterior. O irmão disse ainda que no dia da ocorrência ele teria saído da residência pouco antes do crime.

Após a divulgação do laudo apontando a asfixia mecânica e a análise das câmeras de monitoramento do edifício, que mostram o suspeito deixando o apartamento 30 minutos após a saída do irmão da vítima e retornando tempos depois, a Polícia Civil passou a investigar o crime de feminicídio.

No apartamento, a Polícia encontrou também frascos de calmantes e aguarda o resultado do Exame Toxicológico para investigar se os comprimidos foram utilizados para dopá-la e impossibilitar que os vizinhos escutassem barulhos.

O suspeito foi preso preventivamente, mas as investigações continuam, tendo como próximo passo a análise dos celulares dos envolvidos, pois foram encontradas mensagens de Stephanie para as amigas na manhã da morte, avisando que estava passando mal.