Desemprego e empreendedorismo são temas do segundo dia do Universa Talks
A pandemia do novo coronavírus acentuou um quadro já bem crítico antes de sua chegada: a crise sanitária nas periferias. Formadas majoritariamente por trabalhadores informais, que vivem em muitas pessoas ocupando espaços diminutos, as populações periféricas sofrem com os efeitos da falta de saneamento básico desde a educação primária até a trajetória profissional.
O cenário é pior para as mulheres, que acumulam as funções de provedoras e cuidadoras de crianças e idosos. Para avaliar a contribuição destes aspectos na desigualdade de gênero, a BRK Ambiental, maior empresa privada de saneamento no país, realizou estudo em conjunto com a Trata Brasil, cruzando dados de diversas fontes oficiais brasileiras (SUS, PNAD e ENEM, entre outras). Antes da pandemia, aproximadamente 1,6 milhões de mulheres viviam em moradias sem banheiro exclusivo — quando não há o cômodo ou ele é compartilhado entre outros domicílios. Outras 15 milhões de brasileiras não tinham acesso a água tratada, o que já representava 14,3% da população do país. Além disso, uma em cada quatro mulheres vivia em moradia sem coleta de esgoto. Um dado não menos importante: aquelas que não têm banheiro em casa possuem remuneração 61,% inferior às que moram em condições mais adequadas.
Trazendo luz a este cenário, Teresa Vernaglia, CEO da BRK Ambiental, abre o segundo dia do Universa Talks (terça, 14/7). Em seu speech, a executiva mostrará outros dados alarmantes pré-pandemia e as reflexões necessárias para os próximos meses, quando fatalmente mais mulheres entrarão nesta estatística de vulnerabilidade.
Caminho contra o desemprego
Cerca de 7 milhões de mulheres abandonaram o mercado de trabalho já na primeira quinzena de março, quando foi iniciada a quarentena, segundo a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios Contínua (Pnadc). O número de homens na mesma situação, considerando o mesmo período, é de aproximadamente 5 milhões. Esta é a primeira vez nos últimos três anos, que o número de mulheres fora da força de trabalho (que considera quem está trabalhando ou procurando emprego) supera o de homens.
Para quem enfrenta a perspectiva de desemprego, o caminho do empreendedorismo aparece como única solução. Para falar sobre o tema, Cris Guterres, jornalista e nova colunista do Universa, mediará o painel "Apoio ao Caminho Empreendedor". O debate terá participação de Ana Fontes, CEO e fundadora da Rede Mulher Empreendedora (RME), maior iniciativa de apoio a pequenos e médios negócios de mulheres no país.
Completam a mesa virtual, a publicitária Gal Barradas, que depois de liderar algumas das maiores agências de publicidade brasileira, deixou o crachá para se dedicar a sua própria empresa, a Gal Barradas Brand&Ventures, que investe em startups e construção de marcas. E ainda, Verônica Oliveira, fundadora da empresa Faxina Boa. Ex-atendente de telemarketing, ela passou a fazer faxinas depois de um período difícil na vida. A partir de anúncios criativos para oferecer seus serviços, ganhou visibilidade, se tornou a primeira faxineira influencer e criou sua empresa para apoiar outras diaristas.
Universa Talks será realizado dos dias 13 a 17 de julho, sempre às 10h30. Acompanhe pela home do UOL, pelo Youtube, Twitter ou Facebook de Universa. Não é necessária inscrição.
Confira a programação completa do evento.
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