"Limites são necessários", diz atriz com projeto sobre violência doméstica
Quando aceitou o convite para interpretar Clara, na série 'Aruanas', da TV Globo, a atriz Thainá Duarte, de 24 anos, não imaginava que a história da personagem conversaria com a trajetória de vida de tantas mulheres. Na trama, Clara vive um relacionamento abusivo e é perseguida pelo ex-namorado. Após passar por diversas situações de perigo, consegue se libertar e grava um vídeo alertando outras possíveis vítimas.
À Universa, Thainá conta que durante a exibição da série — e mesmo depois de ela ter chegado ao final — recebeu em suas redes sociais mensagens de diversas mulheres que se identificaram com Clara. Quando se deparou com tantos relatos sobre violência doméstica, a atriz criou as páginas 'Estou aqui para contar' no Instagram, no Twitter e no Youtube, a fim de chamar atenção para os altos números do crime no Brasil. E conversa com vítimas que conseguiram romper o ciclo e os laços com seus agressores, além de especialistas no assunto.
Apesar de nunca ter vivido uma relação abusiva, Thainá tem uma amiga da mesma idade que levou sete facadas do ex-companheiro e foi parar na UTI. Percebendo que mulheres com histórias impactantes como esta se sentiam prontas para falar, embora não tivessem um espaço destinado a isso, resolveu dar voz à elas. "Estas meninas estavam livres e abertas, então resolvi entrevistá-las, na esperança de que outras consigam entender o que é saudável e o que passa do limite", conta.
Até o momento o que mais surpreendeu a jovem nas entrevistas que tem conduzido e na pesquisa que tem feito são os recortes da violência doméstica. "É um crime que, como nós sabemos, não tem cor e nem classe social. Mas ele pode estar ancorado, por exemplo, no racismo", diz. Da mesma forma, Thainá ficou surpresa com o número mulheres transexuais que são agredidas dentro da própria casa.
Apesar das especificidades de cada história, ela enxerga um ponto em comum nas mulheres com as quais teve contato até o momento: a força. "Não é fácil sair dessa situação. Estamos falando de relacionamentos afetivos, complexos. Mas sempre pergunto qual a mensagem que elas gostariam de ter ouvido quando ainda estavam presas nas agressões. Se alguém tivesse tocado naquele ponto específico antes, talvez elas não tivessem passado por tudo aquilo. Por isso quanto mais esferas conseguirmos abordar, maior será a rede de apoio que vamos formar", pontua.
Thainá aproveita para convidar mulheres que já estiveram na mesma situação a postarem seus relatos em vídeo com a hashtag #EstouAquiParaContar.
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