Angela Ro Ro faz live: Luto por R$ 10 mil, outros vendem show por R$150 mil
Angela Ro Ro atende a reportagem por volta das 18h, após adiar a ligação algumas vezes. Ela está sozinha em sua casa em Saquarema, na Região dos Lagos (RJ), montando o cenário para a live que fará neste sábado (11), às 21h30. A apresentação faz parte do Festival #CulturaEmCasa, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo.
"Vai ter muita canção bonita. Vou tocar muito do primeiro disco [Angela Ro Ro, 1979], que é sucesso até hoje, além de músicas que o Cazuza gostava, que Marina Lima, Maria Bethânia e Ana Carolina gravaram. Vou sempre homenageando as pessoas que levam à frente a minha obra. Estou muito ansiosa. Só não terei meu parceiro Ricardo Mac Cord. Eu que vou pilotar o piano. Aturem", ela brinca.
Recentemente, a cantora postou em seu Instagram um texto em que se lê: "Estou passando dificuldade financeira. Quem puder depositar apenas R$ 10, agradeço! Saúde a Todos", e seus dados bancários.
Sem revelar valores, ela conta que, com a ajuda que recebeu, conseguiu pagar as contas. E receber o convite para a live.
"Tenho poucos contratantes: um casal em São Paulo, e aqui no Rio tenho a produtora Maria Braga. Ela entrou em contato comigo depois que a secretaria de Cultura de São Paulo me chamou para fazer o Festival #CulturaEmCasa. Não é um cachê de show, mas qualquer coisa que seja honesta é benigna. Estamos vendo se a gente consegue fechar uma outra live.", Angela explica.
"Posso estar precisando, mas não vou vender uma live a nada. Quero trabalhar com um cachezinho. Se fizer uma live a dez tostões, nunca mais trabalho por 11 tostões. Vai ficar o resto da vida esse preço. Dentro da tabela de show dos meus colegas, é esse valor o último patamar. Luto para ter R$ 10 mil para pagar a produção, nota fiscal, músicos e sobrar algo para mim. Enquanto outros vendem show por R$ 150 mil."
Na próxima segunda (13), Universa publica entrevista completa com a cantora de 70 anos, em que ela fala sobre as tentativas de estupro que sofreu, tesão e sexualidade após os 60 e violência doméstica:
"Nunca roubei, nem machuquei, nem prejudiquei ninguém ou tirei roupa em público ou coloquei roupa em Roma".
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