Mariana Rios sofre aborto: como encarar a dor de perder um bebê
Num post emocionado feito em seu Instagram, no início da tarde deste sábado (11), a atriz Mariana Rios revelou que sofreu um aborto espontâneo. "Seu coração que batia acelerado e forte, de repente parou. Você precisou partir e não me sinto no direito de questionar a decisão de Deus", ela escreve. A artista estava na sua primeira gestação, fruto da união com Lucas Kalil.
A Universa, a psicóloga Erica Quintans, especialista em atender pessoas que passaram por grandes perdas, explica que uma mulher que deseja ser mãe já se sente uma quando descobre que está grávida. Portanto, mesmo quando ocorre aborto espontâneo ou há a necessidade de ser provocado — em casos em que a gravidez oferece risco à saúde da mãe e, portanto, é considerado lícito —, trata-se uma perda que deixa marcas profundas.
"A mulher está perdendo um filho e não uma gestação", afirma o obstetra Rodrigo Rosa Filho, especialista em reprodução humana.
De acordo com a psicóloga Márcia Maria Coelho Rodrigues, mestre em Ciência da Saúde pela Universidade de São Paulo (USP), e que há dez anos dedica-se a estudar o tema, os momentos mais difíceis dessa experiência são: 1) receber a notícia de que o bebê está morto; 2) realizar a retirada do bebê sem vida; 3) sair da maternidade de braços vazios; 4) retornar para casa e não falar mais sobre a morte do bebê.
Para o obstetra, é muito importante que a paciente receba um atendimento humanizado, pois o momento é muito traumático. "Às vezes, o sofrimento é tão grande que a paciente pode ter medo de tentar de novo. E o medo passa ser mais forte do que o sonho da gestação", alerta.
Ajuda bem-vinda
O projeto Do Luto à Luta foi criado a partir da perda gestacional de Larissa Rocha Lupie e de sua irmã gêmea Clarissa, que perderam seus bebês no mesmo ano, em 2014. "Decidimos criar um espaço de escuta e acolhimento às famílias que vivenciam esse drama. O grupo realiza encontros presenciais mensais e gratuitos com especialistas em luto, para que os pais não se sintam solitários em sua dor.
2 Comentários
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.
E tem gente que acha normal fazer aborto, pois o filho é dela ou deles e podem tirar a vida do filho, pois são eles que mandam. Nos Estados Unidos já há varios estados proibindo o aborto, e a a própria Corte Suprema que legalizou o aborto está voltando atrás depois de 40 anos. Tornar o aborto uma coisa normal não é para se discutir apenas de 4 em 4 anos, isso é coisa de "gente desqualificada!". Eu sou contra a liberação do aborto ontem, hoje e sempre. Quem faz aborto está matando alguém que é seu filho, e portanto é assassino.
A dor do luto da perda gestacional, poucos entendem, mas é um luto. A mãe está aqui, mas o filho não. Que Deus dê forças para passar por este momento.